novembro 25, 2008

Violência Estatal nas Favelas será julgada em Tribunal Popular

Plantão | Publicada em 18/11/2008 às 14h20m
Taís Mendes

RIO - Para julgar o estado brasileiro quanto às violações aos direitos humanos, entidades e sociedade civil realizarão o "Tribunal Popular: O Estado Brasileiro no Banco dos Réus", nos dias 4, 5 e 6 de dezembro, na Faculdade de Direito da USP, em São Paulo. As sessões terão transmissão simultânea para o Rio de Janeiro e outros estados. O Tribunal funcionará como um julgamento, com acusação, defesa e veredicto por um júri (na sessão final). O Estado será julgado em quatro áreas de atuação: violência estatal sob pretexto de segurança pública em comunidades urbanas pobres - dentre outros, o caso do Complexo do Alemão; violência estatal no sistema prisional - a situação do sistema carcerário e as execuções sumárias da juventude negra pobre na Bahia; violência estatal contra a juventude pobre, em sua maioria negra e a violência estatal contra movimentos sociais e a criminalização da luta sindical, pela terra e pelo meio ambiente. O Tribunal está sendo organizado por mais de 70 entidades e movimentos da sociedade civil de vários estados brasileiros. Entre os acusadores e jurados estão os juristas Nilo Batista, João Tancredo, Hélio Bicudo, Plínio de Arruda Sampaio e Aton Fon Filho. Além destes, participarão Wagner Santos, sobrevivente da chacina da candelária; a psicanalista Maria Rita Kehl; o filósofo Paulo Eduardo Arantes; o coordenador do fórum de ex-presos políticos Ivan Seixas; o músico Marcelo Yuka e o sindicalista Valdemar Rossi. Detalhes sobre o Tribunal Popular serão apresentados em uma coletiva, no dia 24 de novembro, às 13 horas, na Associação dos Defensores Públicos do Estado do Rio de Janeiro, no Centro.

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