abril 25, 2008

Encontros com a Filosofia: Arte e filosofia na Grécia Antiga

Evento na Universidade Federal Fluminense

Dias 28, 29 e 30 de Abril - Biblioteca Central do campus Gragoatá, 17:30h

Programação:

28/04 - Dr.Marcus Reis Pinheiro (UFRJ) : Arte, Beleza e Cosmos em Platão e Plotino

29/04 - Dr. Admar Costa (UFRRJ) : O destino da Beleza no Fedro de Platão

30/04 - Dr. Fernando Santoro (UFRJ) : Arte Poética de Aristóteles

Coordenação: Martha D´angelo

Realização: Núcleo de Filosofia, Política e Educação - NUFIPE

abril 15, 2008

Vagas para Estágio e Trainee - Rio


A UFRJ realiza feira com vagas para estágio e trainee no campus da Praia Vermelha:

RIO - Universitários e recém-formados interessados numa vaga de estágio ou trainee podem encontrar num só lugar oportunidades em várias empresas. Desta terça até quinta-feira, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) promove no campus da Praia Vermelha a "Caça-talentos UFRJ 2008”.

Participam do evento empresas como IBM, KPMG, Oi. INFOGLOBO, AMBEV, AMPLA, entre outras.

Além dos programas de seleção, os visitantes também poderão assistir às palestras de 45 minutos sobre as organizações.

A feira funciona das 12h às 19h, no campus da Praia Vermelha, na Urca.

Mais informações no site

Setor de Atividades Culturais - CFCH

Lançamento da campanha Ipas Brasil

Criminalizar o aborto resolve? Vai pensando ai...

Ipas Brasil lançou em conjunto com a Rede Feminista de Saúde, no mês de março, a campanha "Criminalizar o aborto resolve? Vai pensando ai".

A campanha, composta de filme criado pela Agência Santa Clara, visa promover o debate sobre a eficácia e atualidade da lei penal que criminaliza o aborto, por meio de perguntas feitas a transeuntes nas ruas de uma grande cidade do país.

Leia mais...

Psicologia no Ensino Médio

Entrevista, Relação de Poder e Discurso da Verdade

ARTIGO

Entrevista, Relação de Poder e Discurso da Verdade


A juíza Adriana Costa dos Santos, da 19ª Vara Cível do Rio, condenou a TV Globo a exibir na íntegra uma fita levada ao ar na novela "Páginas da Vida" em que a doméstica Nely Passos dá um depoimento dizendo que se masturbava.

A Central Globo de Comunicação afirmou por meio de nota que já recorreu e aguarda decisão judicial.

O depoimento, com duração de cerca de 90 minutos, foi editado pela emissora, que colocou no ar apenas a parte na qual Nely faz essa declaração, causando-lhe constrangimento perante familiares e amigos com quem ela assistia ao programa.

Nely conta no processo que foi procurada por um preposto da emissora em seu local de trabalho para gravar um relato sobre fatos relacionados à sua vida e que deveria ir ar no final de um dos capítulos da novela Páginas da Vida. Caso seu depoimento fosse veiculado, ela receberia R$ 300. No depoimento, Nely respondeu a perguntas sobre vários aspectos de sua vida, inclusive como era a sua vida sexual.

Na contestação, a TV Globo alegou que a entrevistada autorizou a exibição da fita e que não possuía mais a gravação integral, apenas a parte que foi ao ar. A juíza, no entanto, julgou procedentes os pedidos de Nely, obrigando a TV Globo a exibir, no prazo de 20 dias após a publicação da sentença, a fita com a gravação completa do depoimento, sob pena de multa diária de R$100, limitada a R$ 50 mil. Como a emissora entrou com Embargos de Declaração contra sentença, a execução está suspensa até que a juíza se manifeste sobre o recurso. A TV Globo pode ainda apelar ao Tribunal de Justiça.

A autora da ação havia arrolado como réus, além da TV Globo, o autor da novela, Manoel Carlos Gonçalves de Almeida, o diretor Jayme Monjardim Matarazzo e Gustavo Nogueira, que a entrevistou. A juíza, porém, considerou que os três são meros representantes da emissora e não possuidores do material gravado, não podendo ser condenados à exibição do material que não possuem.


Em Última Instância
Quinta-feira, 6 de março de 2008


Resolvi colocar essa nota por conta de uma discussão que alunos de pós-graduação (mestrado e doutorado), durante aula de Foucault, fizeram acerca do que é uma "entrevista" e do que o entrevistador faz com esse material...

Noventa minutos de entrevista e alguns poucos minutos de apresentação.. o que significa isso? Um recorte, tá mais do que claro. A questão principal é: como fazer o recorte de uma entrevista? O que deve ser levado em consideração?

Alguns aspectos principais devem ser pensados para toda e qualquer entrevista, incluindo a entrevista psicológica para avaliação ou para pesquisa.

Qual o objetivo da entrevista? Essa pergunta deve ser feita e respondida, inclusive, para o entrevistando, que deve estar ciente acerca do que será abordado.

Todo recorte tende a descontextualizar a fala do entrevistado, de modo que é preciso ter o cuidado quando se apresenta este recorte para que a fala não fique sem sentido, distorcida, ambígua, transmitindo dúvidas ou certezas pautadas em afirmações taxativas - que podem não ter sido feitas.

O responsável pela entrevista nunca é "neutro", pois participa tanto na elaboração das perguntas quanto na forma de apresentar as respostas. Está, obrigatoriamente, dirigido por seu interesse em saber de algum assunto, obter algum dado específico, investigar certo aspecto, ou seja, seu "olhar" está dirigido a algum ponto, de modo que "outros pontos" podem e vão passar sem a menor atenção ou a atenção merecida.

Na seleção das respostas, é possível esbarrar em um problema maior: o entrevistador, nesse momento, sai da esfera dos fatos e passa à esfera da interpretação. Na tentatida de compreender, de atribuir um significado ao que foi dito, o entrevistador "pula dos fatos para a interpretação: "Os fatos não oferecem sua própria iluminação" (Rubem Alves, Filosofia da Ciência, 2005, p.142).

Os fatos não falam por si, sendo o entrevistador quem fala por eles e pelo entrevistado: fala por meio de sua compreensão, seu "olhar dirigido" às histórias, aos eventos narrados, em especial, àquela parte em que estava todo o seu interesse.

Pelo viés da teoria e de técnicas psicológicas - na medida em que também não se constituem como saber neutro - o psicólogo produz um conhecimento, um saber que o coloca em uma relação de poder com o outro.

Esse saber, provindo do "exame", ordenado em torno da norma pelo controle dos sujeitos, tornou-se a base do poder, “a forma de saber-poder que vai dar lugar não às grandes ciências de observação como no caso do inquérito, mas ao que chamamos ciências humanas: Psiquiatria, Psicologia, Sociologia, etc” (Foucault, A Verdade e as Formas Jurídicas, 1996, p.88).

Assim, a Psicologia surgiu como uma instituição de vigilância, interessada na aplicação de técnicas de exame para a aquisição de um saber sobre o outro (descrever e classificar o comportamento, assim como fazer previsões), instaurando uma tecnologia voltada para o poder e controle social.

O profissional do psicólogo – que se mantém no lugar de espectador inquestionável, detentor do saber-poder sobre seu objeto de estudo em busca da verdade – sustenta o imaginário moderno, no qual vigora a "utopia da Razão". Trata-se da crença de que todos deveriam viver segundo a Razão, repudiando os apelos da paixão e da fé, acreditando apenas no intelecto que julga com isenção e imparcialidade.

Essa pretensa neutralidade político-ideológica é uma ilusão criada pelo método científico que visa aniquilar o "humano" dos estudos humanos, tornando-se, nada mais que um processo alienante, conservador e acrítico, pois não exige do profissional o exercício da reflexão, mas da reprodução de um discurso de cunho explicativo-causal pautado nas técnicas de exame.

É preciso lembrar que toda escolha feita pelo psicólogo por uma técnica ou teoria é necessariamente política e, portanto, deve se remeter à ética. Em outras palavras, a entrevista (ou técnica de entrevista psicológica) é um instrumento que implica na aquisição e aplicação de um determinado discurso que permite fazer descrições ou oferecer explicações dos fenômenos, visando a algum fim. O que significa dizer que "não há conhecimento sem interesse. Não há exercício sem uso de poder. Não há prática sem pressupostos e conseqüências políticas [portanto, éticas]” (Bezerra Jr., Prefácio. In: CAMPOS, F.C.B. (org). Psicologia e Saúde: repensando práticas, 1992, p.09).

Recordemos o clássico da literatura, “Alice através do Espelho”, de Lewis Carroll. Há um diálogo entre Humpty Dumpty e Alice que ilustra esse ponto de discussão.


-Não sei bem o que o senhor quer dizer com “glória”, disse Alice.
Humpty Dumpty sorriu com desdém. -Claro que não, até que eu lhe diga. Quero dizer: é um belo argumento arrasador para você!
-Mas “glória” não significa “um belo argumento arrasador”, objetou Alice.
-Quando EU uso uma palavra, disse Humpty Dumpty, num tom de deboche, ela significa exatamente aquilo que eu quero que signifique, nem mais, nem menos.
-A questão, ponderou Alice, é se o senhor pode fazer as palavras dizerem coisas diferentes.
-A questão, replicou Humpty Dumpty, é saber quem é que manda.


Assim, o entrevistador, o psicólogo avaliador que oferecer interpretações dos fenômenos humanos que estejam desimplicadas da compreensão do mundo social e histórico corre o risco de produzir um discurso tão onipotente, alienante quanto equivocado, à semelhança do discurso de Humpty Dumpty.

Contudo, nem sempre é possível oferecer a entrevista completa ao público, apresentar-lhe todas as implicações sociais, políticas, pois é preciso lembrar que não possuímos esse olhar totalizador (pelo contrário, nosso olhar é reducionista), além do que algumas informações devem ser protegidas, como nomes, entidades, principalmente se forem crianças, neste caso, também a imagem.

Assim, o recorte deve, por uma questão de respeito e ética, fornecer apenas as informações necessárias, como nos dita o Código de Ética, evitando fazer afirmações taxativas ou mesmo expor de forma vexatória as pessoas entrevistadas.

Mediante a pluralidade de discursos psicológicos, no qual cada um oferece certezas de todos os tipos, variando conforme variam as visões de homem, só resta fazer a pergunta: qual desses discursos, dentre as diversas teorias e técnicas psicológicas, é capaz de assegurar ao psicólogo o êxito em capturar a verdade?

Neste sentido, não é possível se falar em verdade, tampouco é possível afirmar a supremacia de um modelo teórico ou técnico, de modo que não há um critério de verdade, sendo este um problema sem solução.

Informações bibliográficas:

AMENDOLA, Marcia Ferreira. Entrevista, Relação de Poder e Discurso da Verdade. 12 março de 2008. Disponível em http://canalpsirevista.blogspot.com.

abril 14, 2008

Estágio RH Rio


Consultoria em Recursos Humanos procura estudante de Psicologia;
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Experiência em Recrutamento & Seleção.

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Combate à pedofilia na rede

Presidente do Google do Brasil se compromete a colaborar com o combate à pedofilia na rede

Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente do Google do Brasil, Alexandre Hohagen, se comprometeu hoje (9) com as autoridades brasileiras a colaborar para a identificação, punição e prevenção de crimes sexuais contra crianças no site de relacionamentos Orkut. Hohagen participou de audiência pública na CPI da Pedofilia.

O Google vem sendo acusada pelo Ministério Público e pela organização não-governamental Safernet, que faz monitoramento de crimes na rede, de dificultar as investigações, por não fornecer dados sobre os acusados e não armazenar as provas desse tipo de crime.

“Vim aqui para propor a colaboração do Google. Inclusive já convidei o doutor Tiago Tavares [presidente da Safernet] a apresentar sugestões e soluções aos técnicos internacionais do Google”. Segundo ele, o importante é proteger os “usuários do bem”.

Segundo Hohagen, entre as propostas do Google estão a implementação de filtros de textos e imagens, trazer tecnologia para o Brasil, de modo que os dados possam ser armazenados aqui, e guardar por seis meses as informações de páginas retiradas do ar.

Orkut e ação antipedofilia

Dados do Orkut podem gerar maior ação antipedofilia no país, diz ONG

CPI da Pedofilia aprovou quebra de sigilo de 3.261 álbuns 'trancados' no site. Dados referentes aos suspeitos serão entregues ao Ministério Público Federal.

JULIANA CARPANEZ Do G1, em São Paulo

A ONG SaferNet, responsável pela denúncia que resultou na quebra de sigilo de 3.261 álbuns do Orkut, estima que os dados referentes a esses perfis podem gerar a maior operação antipedofilia já registrada no Brasil. A quebra de sigilo foi anunciada na quarta-feira (9), durante sessão da CPI da Pedofilia.

“As informações sobre esses suspeitos são bastante recentes e devem ajudar a prender centenas de pessoas envolvidas com a pedofilia no país”, afirmou ao G1 Thiago Tavares, presidente da ONG que defende os direitos humanos na internet.

Todos os perfis associados a esses álbuns foram denunciados pelos próprios internautas à SaferNet, que repassou essas informações ao Ministério Público Federal (MPF), Google Brasil e CPI da Pedofilia. O fato de os seus álbuns de foto e vídeo estarem virtualmente trancados não permitia a confirmação das suspeitas. Ainda assim, a ONG fez 6 mil screenshots (captura de tela) dos perfis dos internautas denunciados, registrando muitos de seus dados pessoais.

Todas essas informações baseadas em denúncias foram coletadas entre o dia 29 de novembro de 2007 e 31 de março de 2008.

Os dados dos suspeitos já foram preservados pelo Google e
aqueles envolvidos com o crime terão suas informações encaminhadas para o Ministério Público Federal. A data de entrega desses dados ainda não foi divulgada, mas é possível que seja definida no próximo dia 23, quando MPF e Google vão se reunir para formalizar as iniciativas anunciadas durante a CPI da pedofilia. Como as informações estão preservadas, de nada adianta os suspeitos deletarem seus álbuns ou perfis.

Internet saudável

“Essas medidas vão criar uma internet mais saudável e também um Orkut mais saudável. Isso é muito importante, porque esse site de relacionamentos foi adotado pelos brasileiros e já faz parte do Brasil”, continuou o presidente da ONG. Atualmente, o país responde por 54% de todos os usuários do site, o equivalente a 27 milhões de pessoas. Tavares, um dos principais críticos do Google pela falta de colaboração no Brasil, considerou a sessão da CPI histórica. “Eles assumiram compromissos efetivos, trabalhando inclusive com prazos”, disse. A filial brasileira, que só passou a responder oficialmente por problemas relacionados ao Orkut em
setembro do ano passado, se comprometeu a implementar até 1º de julho as quatro medidas anunciadas na quarta-feira.

Mudanças

A primeira dessas iniciativas é a preservação dos registros de computadores usados para acessar o Orkut por até seis meses, enquanto antes esse prazo era de um mês. A companhia também divulgou a adoção de um filtro de imagens que impede a publicação de fotos ilícitas, além do apoio para a concretização de acordos de cooperação internacional que visam o combate ao crime.

Por último, o Google afirmou que vai usar uma solução de software, hardware e pessoas com o objetivo de atender com mais agilidade às requisições das autoridades brasileiras. “Já estávamos trabalhando nessas diversas frentes e o que fizemos na CPI foi anunciá-las. O Google passou a colaborar mais intensamente com a Justiça brasileira em setembro e essas iniciativas representam a evolução desse trabalho”, disse ao G1 Felix Ximenes, diretor de comunicação da empresa.

Com Alexandre Hohagen, diretor-presidente do Google Brasil, Ximenes participou da CPI da Pedofilia na quarta-feira. “Essa percepção de que o Google não coopera é antiga”, continuou. Na CPI, disse Ximenes, a empresa apresentou 1.032 ordens judiciais atendidas -- cerca de 800 delas teriam sido atendidas depois de setembro. Também na sessão, Paulo Sérgio Suiama, procurador da República no Estado de São Paulo, disse que 90% das 56 mil denúncias de pedofilia na internet nos últimos dois anos referiam-se ao Orkut.

Crimes na internet? Denuncie

abril 13, 2008

Denúncias do Disque 100

Maioria das denúncias do Disque 100 é de violência sexual contra crianças e adolescentes

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - A maior parte dos casos de violência contra crianças e adolescentes registrados pelo Disque Denúncia é de violência sexual. O dado foi revelado em relatório da Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH), que leva em consideração denúncias feitas entre maio de 2003 e fevereiro deste ano.

Nesse período, o Disque Denúncia (ou Disque 100, como também é conhecido) recebeu e encaminhou 57.664 denúncias de todo o Brasil e conseguiu separar e classificar 49.599 em tipos de violência. De acordo com dados do relatório, cerca de 19% delas refletem casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes, 13% de exploração sexual comercial e 0,56% de pornografia.

“No caso do Disque 100, a grande maioria das denúncias é de violência sexual tanto de abuso quanto de exploração, o que não significa que seja o maior caso de violência praticada no Brasil”, explicou Leila Paiva, coordenadora do Programa de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes da SEDH.

Uma denúncia feita no Disque 100 pode registrar mais de uma vítima ou envolver mais de um tipo de violência. De acordo com o relatório, os mais de 57 mil casos envolveram 90.568 vítimas de violência, sendo 61% delas do sexo feminino (em 2% dos casos não se determinou o sexo da vítima). Essas denúncias também se refletiram em 104.871 registros de violência praticados contra crianças e adolescentes, dos quais 10.107 representam casos de exploração sexual comercial, sendo 467 de prostituição e 51 de turismo sexual. Também foram registrados 431 casos de pornografia, com grande incidência na internet (229 casos) e 14.279 casos de abuso sexual.

Desde 2003, o número de denúncias feitas ao Disque 100 tem crescido, mas, segundo a coordenadora, isso não significa um aumento dos casos de violência. Em 2003, havia uma média de 12 denúncias feitas por dia. Hoje, o número chega a 92.

“Os números do Disque 100, de denúncias e de atendimento, têm crescido a cada ano, o que para nós reflete maior conscientização da população com relação a esse tipo de violência. A população está menos tolerante à violência”, afirmou Paiva.

O Disque Denúncia é um serviço de discagem direta e gratuita, que funciona diariamente das 8 às 22 horas em qualquer localidade brasileira. Recebe denúncias de violência, tráfico de pessoas e informações sobre paradeiro de crianças e adolescentes desaparecidos. As denúncias recebidas são analisadas e encaminhadas aos Conselhos Tutelares, órgãos de segurança pública ou Ministério Público, num prazo de 24 horas, mantendo sempre sigilo sobre a identidade do denunciante.

“A simples denúncia pode parecer um ato isolado, mas às vezes previne algumas violências que facilmente poderiam ser evitadas se as pessoas tivessem a coragem de denunciar”, disse Paiva.

Atualmente, o serviço faz cerca de 2.500 atendimentos diários. Só nos dois primeiros meses deste ano, o Disque Denúncia recebeu 5.947 denúncias.

abril 12, 2008

XVI Congresso Brasileiro de Psicodrama

XVI Congresso Brasileiro de Psicodrama Como sobreviveremos? Ação Transformadora e Responsabilidade

A violência, ao aquecimento global, a desumanização, a corrupção para citar alguns das temáticas atuais geradores de doenças e conflitos pessoais e sociais.

Abordaremos estes temas do ponto de vista teórico e metodologicamente à luz da Socionomia, Ciência Social criada por Jacob Levy Moreno, que intervém e investigam as relações interpessoais através de métodos como o Sociodrama e o Psicodrama.

Estes métodos promovem a vivência da realidade a partir do reconhecimento das diferenças e dos conflitos, facilita a busca de alternativas para a resolução do que é revelado, expandindo os recursos disponíveis no grupo, numa ação transformadora que convoca a co-responsabilidade.

Neste sentido este congresso propõe-se a refletir, contextualizar e intervir na adequação de novas respostas aos conflitos da atualidade relacionados à convivência social e ambiental.

Temos como objetivos específicos:

1º - Criar um espaço onde todas as expressões do movimento psicodramático brasileiro possam se concretizar.

2º - Congregar todos os psicodramatistas brasileiros num clima afetivo e acolhedor que estimule o encontro e intercâmbio de idéias, experiências e vivências.

3º - Incrementar e divulgar o Psicodrama para todos os setores de profissionais da Saúde, Educação, Comunidade, Empresas, Instituições e áreas afins.

4º - Valorizar a qualidade científica dos trabalhos a serem desenvolvidos e apresentados no XVI Congresso Brasileiro de Psicodrama.

5º - Promover intervenções comunitárias no local onde acontecerá o evento, a fim de contribuir com o desenvolvimento psicossocial deste território.

abril 11, 2008

PARTO ANÔNIMO

Boletim Eletrônico do Instituto Brasileiro de Direito de Família
Ano 2008 . Número 63 . 1207850558

O IBDFAM protocolou ontem (09) no Congresso Nacional o projeto de lei sobre a instituição do Parto Anônimo no Brasil. A proposição legislativa recebeu a numeração 3320 / 08 e tem a autoria do deputado Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA).

Papel do legislativo

Cabe agora à Câmara dos Deputados, diante da complexidade da proposta, intensificar o debate com a sociedade e com representantes das áreas de infância e adolescência, direitos humanos, assistência social, saúde e justiça para a construção de uma política pública coerente com a realidade das crianças e mulheres brasileiras.

Leia o conteúdo do PL

Atendimento psicológico gratuito

UFRJ UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA


ATENDIMENTO PSICOLÓGICO GRATUITO

TERAPIA DE CASAL


Pesquisa está oferecendo atendimento psicológico gratuito em terapia de casal para pessoas que são casadas legalmente ou não.

RESPONSÁVEL TÉCNICO:

Raphael Fischer
Psicólogo (CRP-05/28983)
Mestre em Psicologia pela UFRJ


CONTATO:

Telefone: (21) 2549-8940
E-mail

abril 10, 2008

Avaliação psicológica - carta aberta sobre testes

Carta Aberta

Esclarecemos à população que a Avaliação Psicológica consiste em um processo técnico-científico de coleta de dados, estudos e interpretação de informações a respeito dos fenômenos psicológicos e, para isto, são utilizados vários métodos, técnicas e instrumentos. Dentre eles, encontram-se os testes psicológicos, que têm por objetivo descrever e/ou mensurar características e processos psicológicos, tais como emoções, afetos, inteligência, motivação, personalidade, psicomotricidade, atenção, memória e percepção.

Com o objetivo de assegurar a precisão e qualidade das informações oriundas dos testes psicológicos, o Conselho Federal de Psicologia- CFP- instituiu uma Comissão de Especialistas em Avaliação Psicológica, que analisa e identifica os testes que atendem aos requisitos mínimos estabelecidos para seu uso, garantindo a qualidade dos serviços prestados à população. Sendo assim, os testes psicológicos utilizados pelos psicólogos são aqueles aprovados pelo CFP e que possuem plenas condições de uso.

É importante ressaltar, ainda, que a utilização dos testes psicológicos é permitida, por lei, somente a psicólogos, pois requer conhecimentos e habilidades pertinentes à formação destes profissionais. Desse modo, o Conselho Federal de Psicologia alerta a sociedade para os riscos decorrentes do emprego desses instrumentos por profissionais que não estejam habilitados e credenciados para esse fim. Por outro lado, conclama a população a comunicar aos Conselhos Regionais de Psicologia quaisquer irregularidades ocorridas por ocasião do uso dos testes psicológicos.


Informações sobre os testes avaliados podem ser obtidas no site do Conselho Federal de Psicologia - SATEPSI.

II Fórum Internacional de Saúde Coletiva, Saúde Mental e Direitos Humanos

Está no ar o site do II Fórum Internacional de Saúde Coletiva, Saúde Mental e Direitos Humanos, evento que será realizado de 22 a 25 de maio de 2008, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro

UERJ - R. São Francisco Xavier, 524, São Cristovão, Rio de Janeiro.

O evento propõe a participação de variados movimentos sociais dedicados à questão dos direitos humanos, (especialmente dos usuários e familiares), profissionais da área de saúde, comunicação social, ciências políticas e sociais, saúde coletiva, entre outros, com o objetivo de promover a reflexão crítica dos diferentes saberes no campos da Saúde Mental e dos Direitos Humanos, rediscutindo práticas e lançando novas possibilidades de atuação.

As inscrições estão abertas e resumos de trabalhos podem ser submetidos até o próximo dia 15 de abril.

O evento, organizado pelo Movimento Nacional de Luta Antimanicomial, a Universidad Popular de las Madres de la Plaza de Mayo (UPMPM) e o Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), conta com o apoio da ABRASCO, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Centro Teatro do Oprimido (CTO-Rio), Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 2ª Região (CREFITO 2), Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP-RJ), Grupo Tortura Nunca Mais/RJ, Espaço Terapêutico Antonin Artaud e Associação de Parentes e Amigos dos Pacientes do Complexo Juliano Moreira (APACOJUM).

A proposta é que o Fórum seja itinerante e que possa circular por vários países envolvendo atores e experiências a favor da solidariedade e inclusão social das pessoas em sofrimento mental e de luta contra as mais variadas formas de opressão e injustiça.

O primeiro encontro ocorreu durante o V Congresso Internacional de Saúde Mental e Direitos Humanos promovido pela Universidad Popular Madres de Plaza de Mayo, em novembro de 2006, em Buenos Aires.

Em sua segunda edição, o Brasil foi escolhido para ser sede do evento por sua tradição em lutas desta natureza e por ter movimentos sociais fortes e atuantes - como o Movimento Nacional de Luta Antimanicomial -, além de todo um processo constitucional e efetivo de participação e controle social no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

abril 08, 2008

Seminário: do Confinamento ao Acolhimento

O Departamento de Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e o Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância - CIESPI
têm o prazer de convidar a todos que contribuíram para a realização da pesquisa "Do Confinamento ao Acolhimento: Mudando a Prática de Institucionalização de Crianças e Adolescentes com Deficiência no Estado do Rio de Janeiro (MS/CNPq)" ao longo do ano de 2007, para virem participar conosco do Seminário que discutirá os resultados da pesquisa. Desde já agradecemos e solicitamos divulgação do evento.

Estágio em Psicologia - Rio


Empresa prestadora de serviços

Superior cursando em Psicologia
Desejável alguma experiência em recrutamento e seleção

Bolsa auxílio R$ 400,00 + VT + VR (R$ 9,00)
Carga horária: 6 horas

Interessadas deverão enviar currículo
E-MAIL, colocando no campo assunto: ESTÁGIO EM RH


RJ Baixada
. Cursando acimo do 6º período de Psicologia;
. Experiência anterior em estágios de RH com aplicação de Testes Psicológicos.

A Empresa oferece Bolsa Auxilio de R$ 500,00 + VT + VA 8,00 por dia trabalhado.

Favor enviar CV no corpo do email até dia 18/04/08
EMAIL
ASSUNTO: ESTAGIÁRIO(A) PSICOLOGIA


VAGA PARA ESTAGIAR NA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS

PRINCIPAIS ATIVIDADES: recrutamento; entrevista por competência; dinâmicas; elaboração de perfil; pesquisa e treinamento.

HORÁRIO: SEGUNDA A SEXTA 9:00 às 13:30
QUINTAS de 10:00 às 17:00.

IMPRESCINDÍVEL: ESTAR CURSANDO PSICOLOGIA A PARTIR DO QUINTO PERÍODO.
BOLSA: 400,00

CURRÍCULO para
E-MAIL assunto: ESTÁGIO DE PSICOLOGIA.


MULTINACIONAL SELECIONA ESTAGIÁRIA DE PSICOLOGIA OU ADMINISTRAÇÃO

*Período/ano: *3º ao* 7**° período somente*.

*Atividades a serem desenvolvidas:

Suporte a área de planejamento de RH, auxiliando nas funções:

- Recrutamento e seleção;
- Atualização e controle dos processos de R&S;
- Controle das Notas de R&S;
- Avaliação de Desempenho.

*Requisitos Desejáveis: Domínio de Pacote Office e Inglês intermediário.

*Horário de estágio: 6 horas diárias.

*Local do estágio: BOTAFOGO - RJ.

*Benefícios: Bolsa auxílio R$650,00 + VT + VR + Ass.médica e odontológica +
13°salário.

*mencionar turno e período em que estuda

Os interessados enviar currículo para o
EMAIL; mencionar no assunto: "BOTAFOGO"

Prêmio Sílvia Lane

Já estão abertas as inscrições para a segunda edição do Prêmio Silvia Lane, promovido pela ABE. Na edição passada, 145 profissionais recém-formados apresentaram seus trabalhos.

A atual edição do Prêmio é destinada aos psicólogos formados entre dezembro de 2006 e dezembro de 2007.

Os participantes podem inscrever seus trabalhos nas categorias, Trabalhos de Conclusão de Curso e Relatórios de Estágio ambos de graduação e relacionados a qualquer tema na área da Psicologia.

O objetivo da ABEP ao realizar um prêmio como este é o de disseminar a produção do conhecimento e incentivar as pesquisas na área da Psicologia em nosso país.

Os trabalhos, cujas inscrições preencherem todos os requisitos, serão avaliados por bancas formadas por professores universitários. Todos os trabalhos confirmados serão inscritos na base de dados da BVS-PSI, importante ferramenta de divulgação.

Com a criação deste Prêmio, os estudantes de Psicologia de todo Brasil têm um incentivo a mais para aprimorar a busca pelo conhecimento.

Os primeiros colocados em cada uma das duas categorias receberão o prêmio no valor de R$1.000,00 (mil reais) e um certificado.

Acesse o site e consulte o Regulamento

Campanha do CRP-RJ com a Unimed Rio



Psicólogos associados ao Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro já podem se inscrever nos planos de saúde da Unimed Rio com desconto.

Entre 1º de abril e 25 de maio, está aberta a segunda campanha do CRP-RJ em parceria com a Unimed Rio, que oferece planos com preços reduzidos. Além dos descontos, os psicólogos que não tiverem planos de saúde, que forem associados a outras administradoras ou forem associados a planos da Unimed em outras cidades também terão carências reduzidas ao aderir ao novo plano.

Psicólogos que já forem associados a Unimed Rio poderão migrar para o plano com descontos com aproveitamento total das carências já cumpridas.

Vale lembrar que o CRP-RJ não obteve nenhum benefício para efetuar este convênio e o faz atendendo uma antiga reivindicação de vários psicólogos. A primeira campanha foi realizada em 2007, sendo encerrada em dezembro. Devido ao sucesso e à grande demanda, o convênio foi renovado e começa novamente a partir deste mês.

Os psicólogos que aderirem ao plano até o dia 25 de abril terão sua vigência iniciada em 10 de maio. Já quem fizer a adesão entre 26 de abril e 25 de maio entrará no plano a partir de 10 de junho.

Para se inscrever, basta preencher a ficha de inscrição disponível no site do CRP-RJ e enviá-la por fax, nos telefones (21) 3139-7796 / 3139-7797, ou para o
EMAIL.

Também é necessário enviar: cópia da carteira do CRP-RJ, cópia do carnê das 6 (seis) últimas parcelas pagas do plano de saúde anterior (caso haja) e comprovante de residência. A taxa de inscrição por grupo familiar é de R$ 5,00 e é cobrada somente na primeira parcela.

Consulte também: Tabela de preços; O modelo do contrato de adesão ; As carências exigidas nos planos ; A rede de hospitais e laboratórios credenciada


Informações
Unimed
21- 3139-7757 ou 3139-7336.

Concurso Público para Educação na UNIRIO

A Reitora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO, no uso de suas atribuições legais, torna pública a abertura de inscrições para o Concurso Público destinado ao provimento de cargos do Quadro de Pessoal Técnico-Administrativo em Educação desta Universidade, de acordo com o quadro contido no item 1.3., em conformidade com o Decreto nº 4.175, de 27 de março de 2002, Portarias do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão nº 450, de 06 de novembro de 2002, e n° 450, de 27 de dezembro de 2007, Portarias MEC nº 172 e n° 212, de 30 de janeiro de 2008 e 19 de fevereiro de 2008, respectivamente, observando a legislação
pertinente, o disposto neste Edital e em suas retificações.


As inscrições estarão abertas no período compreendido entre às 12:00 horas do dia 1° de abril de 2008 até às 12:00 horas do dia 10 de abril de 2008 e serão efetuadas, somente, via internet no endereço eletrônico

4° Concurso Tim Lopes de Investigação Jornalística

Abertas as inscrições para o 4° Concurso Tim Lopes de Investigação Jornalística

Tema: Imprensa e sociedade aliadas no enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes.

Até 13 de junho, repórteres, editores (inclusive executivos), chefes de reportagem, estudantes e professores de cursos de jornalismo, profissionais que atuam em mídia on-line ou alternativa podem se inscrever. Diferente da maioria das premiações jornalísticas – que reconhecem matérias prontas –, os participantes apresentam sugestões de pautas especiais. Os escolhidos em cada categoria recebem apoio financeiro e técnico para realizá-las, além de prêmio em dinheiro.

Com essa estratégia, o objetivo do projeto, apoiado pela Childhood Brasil (Instituto WCF - Brasil), é estimular a imprensa brasileira a ampliar e qualificar a cobertura sobre o abuso e a exploração sexual comercial de crianças e adolescentes com ênfase na discussão das políticas públicas existentes para a prevenção e atendimento aos meninos e meninas vítimas desta forma de violência.

Temática Especial
Esta 4ª edição traz duas novidades. A oficina de apresentação e discussão de conceitos técnicos para conduzir a investigação e a produção das reportagens - para as equipes que tiverem seus projetos selecionados; e a inclusão da categoria “Temática Especial”, que irá premiar projetos de reportagens sobre o tema “Tráfico de Crianças para Fins de Exploração Sexual”. As demais categorias são “Mídia Impressa - jornais e revistas”, “Rádio”, “TV” e “Mídia Alternativa” – que inclui veículos da Internet, jornais, rádios e TVs comunitárias ou universitárias.


Como participar

O candidato deve se inscrever pelo site da Agência de Notícias dos Direitos das Crianças ANDI e apresentar a sua Proposta de pauta detalhada sobre o tema com justificativa, roteiro de produção da matéria ou série de reportagens, pessoas envolvidas, relação dos gastos que serão feitos (estimativa) e das fontes que inicialmente serão ouvidas.

Apenas 10% da violência doméstica é denunciada

Fonte: ANDI

A morte da menina Isabella Oliveira Nardoni, 5, encontrada com sinais de agressão no jardim do edifício onde mora o pai, num condomínio de classe média paulista, reacendeu o debate em torno do assunto

A morte da menina Isabella Oliveira Nardoni, 5, encontrada com sinais de agressão no jardim do edifício onde mora o pai, num condomínio de classe média paulista, reacendeu o debate em torno da violência doméstica.

De acordo de acordo com a pesquisa "A ponta do iceberg", realizada pelo Laboratório de Estudos da Criança (LACRI), da USP com dados de 1996 a 2007, em todos esses anos foram notificados 159.754 casos de violência doméstica. A maioria, 65.669, é de negligência. A violência física vem em segundo lugar, com 49.481 casos, seguida de violência psicológica (26.590) e de violência sexual, com 17.482 casos.

A entidade acompanha as notificações de casos de abusos sofridos por crianças em todo o país usando fontes diferentes, como centros sociais, conselhos tutelares e a Justiça. Segundo os pesquisadores, apenas 10% dos casos de abusos físicos e psicológicos contra as crianças são denunciados.

Para a oficial de projetos do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) Helena Oliveira, ainda que pareça inexplicável, a violência infantil tem raízes culturais que envolvem a relação de poder entre adulto e criança e que ao longo da história foi incorporada na sociedade como a maneia certa de educar.

Mortes por agressões – Entre 2000 e 2007, o LACRI contabilizou 532 mortes de crianças e adolescentes em conseqüência da violência doméstica. Dados do Ministério da Saúde mostram que uma criança é assassinada a cada dez horas no Brasil.

Entre 2000 e 2005, o órgão registrou 5.049 mortes de meninos e meninas com idades até 14 anos – os números foram levantados pelo jornal O Globo na base de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).

Em 2005, por exemplo, 662 vítimas entre 5 e 14 anos foram mortas por agressão. Mas bebês de até 1 ano também são vítimas de brutalidade: só em 2002, foram assassinados 90.

A pesquisadora Maria Fernanda Tourinho Peres, do Núcleo de Estudos da Violência da USP, analisou o crescimento da taxa de homicídios entre crianças e adolescentes até 19 anos de 1980 a 2002. E o estudo aponta que quanto menor a idade, menor o uso de armas para cometer homicídios. Na idade até 4 anos, as crianças foram mortas de outras maneiras: por sufocamento, armas brancas (facas, por exemplo), estrangulamento. "Isso pode apontar que esses crimes ocorreram dentro de um contexto familiar e não nas ruas, disse a pesquisadora. É muito chocante, mas muitos estudos mostram que é no ambiente familiar que os crimes acontecem".


[Diário do Pará (PA), O Globo (RJ), Jornal da Paraíba (PB), Aline Oliveira; O Tempo (MG); Tribuna da Bahia (BA)– 05/04/2008]

Ciclo de Palestras Vida Vício Virtude

De 14 de abril até 7 maio, a Academia Brasileira de Letras abrigará uma discussão filosófica sobre valores que influenciam a subjetividade humana através do Ciclo de Palestras "Vida Vício Virtude".

Os interessados podem se inscrever na sede da Academia Brasileira de Letras que fica à av. Presidente Wilson, 203 - Castelo
De 12h às 18h.

A curadoria é de Adauto Novaes.

A incursão trará para o Teatro R. Magalhães Jr. cinco vícios e cinco virtudes que serão analisados por dez filósofos. Entre eles, Renato Janine Ribeiro, Eugênio Bucci e Marilena Chauí.

Todas as palestras terão transmissão ao vivo pelo portal da Academia.

Outras informações pelo telefone (21) 3974-2559.

Acesse a programação completa AQUI.

abril 07, 2008

Quem são os chefes de família?

QUEM SÃO OS "CHEFES" DE FAMÍLIA NO BRASIL?

Uma conversa com:

Rosa Ribeiro
Socióloga, com doutorado em sociologia. Especialista em estudos sobre as condições de vida de famílias, crianças e adolescentes.


Data: 14 de abril de 2008
Hora: 19:00 às 21:00
Inscrições: R$ 25,00
apenas 30 vagas.
Local:Instituto Noos
R. Álvares Borgerth, 27Botafogo/Rio de Janeiro –RJ
Telefone: 21 2579-2357/2511
EMAIL

INSCRIÇÕES:
telefax (21) 2579-2357 ou 2579-2511 (de segunda a sexta, das 08:30 às 17:30),
EMAIL informando: nome, endereço, telefone de contato, e-mail e como soube do curso.

Dia Mundial da Saúde

O Fórum em Defesa do Serviço Público e Contra as Fundações de Direito Privado convida para a solenidade e Ato Público do Dia Mundial da Saúde a realizar-se no dia 07 de abril às 14 horas na ALERJ

Palácio Tiradentes, Rua Primeiro de Março s/n, praça XV – ao lado do Paço Imperial.

Participações:

* Dra. Salete Maccaloz (Jurista e Juíza de Direito)

* Heloísa Helena L. M. Carvalho (Professora de Enfermagem e Militante da Saúde)

* Francisco Batista Júnior (Farmacêutico e Presidente do Conselho Nacional de Saúde)

* Deputado Paulo Ramos (representante da Frente Parlamentar contra as Fundações na saúde)

* Representantes das Entidades do Fórum em Defesa do Serviço Público e Contra as Fundações

* Maria Inês Souza Bravo (Professora FSS/UERJ)


Contamos com a sua participação na luta em defesa do serviço público e contra as fundações por uma saúde pública de qualidade!!!

III Congresso Mundial de Enfrentamento da Violência Sexual

III CONGRESSO MUNDIAL DE ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Garantia dos direitos humanos da criança e do adolescente e da proteção contra a exploração sexual: por uma visão sistêmica

Local e Data: Rio de Janeiro/Brasil de 25 a 28 de novembro.

Organizadores: Governo Brasileiro, ECPAT, UNICEF e NGO Group.

Público-alvo: Representantes dos governos e das organizações não-governamentais, atores do sistema de garantia de direitos, militantes, formadores de opinião e adolescentes protagonistas

Objetivos: O objetivo principal é a mobilização internacional para garantir o direito de proteção de crianças e adolescentes, a fim de:

* Analisar os novos desafios e as dimensões da exploração sexual na contemporaneidade

* Identificar avanços e lacunas no marco legal e na responsabilização

* Compartilhar experiências de implementação de políticas intersetoriais no enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescente

* Definir estratégias e metas possíveis de serem pactuadas em cooperação internacional

Revista Transformações em Psicologia

A Revista Transformações em Psicologia é uma publicação científica semestral produzida por estudantes de Psicologia destinada a fundar um espaço de discussão e reflexão sobre temas relacionados à pesquisa na sua interface com a formação em Psicologia.

A Revista Transformações em Psicologia destina-se a não ser apenas um veículo de difusão científica, mas uma reflexão crítica sobre a pesquisa e o ensino de psicologia. Seu objetivo, portanto, não é a divulgação de dados, mas a melhora das condições da prática científica através do questionamento sobre sua própria realização. Aspira, nesse sentido, consolidar um espaço de reflexões e diálogos já realizados pelos estudantes, mas que nem sempre são absorvidos pelas revistas científicas existentes. Pretende, também, operar como um meio facilitador deste diálogo entre os estudantes das diversas universidades e centros de pesquisa existentes.

A Comissão Editorial está abrindo uma chamada de ensaios, artigos de reflexão e relatos de pesquisa, bem como traduções e resenhas, escritos por estudantes de graduação e pós-graduação em Psicologia.

A data limite para submissão dos manuscritos para a primeira edição é 01 de junho de 2008.

Informações: EMAIL

Exílio de crianças e adolescentes

BRIGA COM TRAFICANTES É RESPONSÁVEL POR EXÍLIO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Em três anos, programa de proteção atendeu 170 pessoas ameaçadas por bandidos
por Ruben Berta

Um balanço dos três anos de atendimento do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAM), divulgado pela ONG Projeto Legal, mostra que o tráfico é o principal responsável pelo exílio de crianças, adolescentes e seus familiares no estado. Das 249 pessoas que passaram pelo projeto até hoje, 170 (68%) foram impedidas de permanecer nos locais onde moravam após desavenças com traficantes.

— Existe um vazio nas comunidades que abre espaço para um conjunto de regras ditado de acordo com a conveniência do tráfico. Com isso, surgem os tribunais com penas medievais: ou o jovem é banido ou morre. Em raríssimas exceções, existe uma segunda oportunidade — comenta o coordenador do Projeto Legal, Carlos Nicodemos.

O PPCAM surgiu em 2003 em Minas Gerais e é financiado pelo governo federal. Atualmente, está presente também em Pernambuco, São Paulo, Brasília e Espírito Santo. O encaminhamento dos participantes é feito através do conselho tutelar, da Vara da Infância e Juventude ou do Ministério Público.

Número de familiares atendidos é grande

Em geral, o atendimento do projeto dura três meses, mas o prazo pode ser estendido. Os jovens são encaminhados para abrigos ou são estimulados a ir para residências de outros parentes, longe do local onde houve a ameaça. O objetivo principal do PPCAM é dar garantias mínimas de exercício de cidadania, para que as pessoas possam continuar suas vidas após as ameaças.

Os dados divulgados pelo Projeto Legal mostram que o número de familiares sob ameaça (118) já se aproxima do de crianças e adolescentes (131), alvo prioritário do PPCAM.

— É uma tendência que aumentou no último ano. Chegamos a atender famílias com sete, oito pessoas que são obrigadas a deixar o local onde moram. A principal causa para isso ocorrer é que eles saem em defesa do jovem que descumpriu alguma regra do tráfico, o que é considerado pelos bandidos como um desafio — afirma Nicodemos.

A faixa etária predominante dos atendidos pelo PPCAM fica entre 14 e 17 anos, mas há casos de meninos de dez anos que sofreram ameaças do tráfico e foram banidos.

— Houve um caso recente de um garoto de dez anos, que chegou com marcas de tortura nas mãos. As causas mais comuns para eles serem banidos são as dívidas com os traficantes ou delitos, como furtos, dentro da comunidade — diz o coordenador do Projeto Legal.

Além de problemas com o tráfico, outras desavenças dentro da comunidade, ameaças policiais e de grupos de extermínio figuram entre as principais causas de atendimento pelo PPCAM.

abril 05, 2008

II Semana de Saúde Coletiva

Foi prorrogado até 14 de abril o prazo de inscrição de trabalhos para a II Semana de Saúde Coletiva.

O evento, organizado pelo Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IESC/UFRJ), tem como objetivo contribuir para a difusão dos conhecimentos atuais do campo da Saúde Coletiva tanto entre estudantes de graduação e pós-graduação, professores e pesquisadores da UFRJ e de outras instituições de ensino e pesquisa, gestores e profissionais de saúde, quanto entre a população usuária do SUS, representada por suas organizações e entidades, com especial ênfase nos Conselhos de Saúde em suas várias esferas de representação.

O encontro será realizado de 26 a 30 de maio e tem como público alvo estudantes de graduação e pós-graduação, profissionais de saúde e áreas afins, professores, pesquisadores e representantes de movimentos sociais e entidades representativas da sociedade civil de todo o país e que se interessem pelo tema da saúde coletiva em sua relação com a cidadania.

As inscrições são gratuitas.

Maiores informações, ver no site

Reequilíbrio social

A lei faz distinções para combater as desigualdades
por Aline Pinheiro

Ao votar pela constitucionalidade do Programa Universidade para Todos, o Prouni, na quarta-feira (2/4), o ministro Carlos Britto extravasou seu já conhecido lado humanista. Muito mais do que defender a sua posição com base em dispositivos jurídicos, enalteceu aspectos sociais.

O papel da lei é fazer distinções, explicou o ministro. Desigualar para igualar. "A lei como instrumento de reequilíbrio social". Em uma sociedade repleta de seres humanos submetidos à situação de inferioridade, cabe à lei intervir para corrigir, considerou. "A fórmula pela qual a lei tem que operar é a diferenciação entre as partes".

Para Britto, é justamente isso que faz a Lei 11.096/05, que criou o Prouni. Ao incentivar as universidades a oferecer bolsas para estudantes que vieram do ensino público ou bolsistas do ensino privado, negros, indígenas e deficientes físicos, o Prouni faz cumprir o papel da lei. Dá condições de igualdade para os desiguais.


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Empréstimos Educativos

O Fundo Pan-americano Leo S. Rowe “Fundo Rowe” é o Programa de Empréstimos Educativos da Organização dos Estados Americanos.

O Fundo Rowe outorga empréstimos sem juros a estudantes ou profissionais competentes de países da Ámerica Latina e do Caribe, para ajudar-lhes a financiar seus estudos ou capacitação em universidades de prestígio nos Estados Unidos.

A condição principal do programa é que, uma vez completados esses estudos, os beneficiários se comprometem a regressar a seus respectivos países e aplicar seus conhecimentos para apoiar o desenvolvimento da América latina.

Este Fundo foi criado em 1948 com um legado estabelecido no testamento do Dr. Leo S. Rowe, que foi Diretor Geral da União Pan-americana (precursora da Organização dos Estados Americanos), desde 1920 até sua morte, em 1946.

Os estudantes podem solicitar apoio para os gastos diretamente relacionados com os
estudos ou, em casos de emergência, para gastos não cobertos por suas principais fontes de financiamento.

O fundo empresta até $7.500 dólares por período acadêmico e um montante máximo de $15.000 dólares no total durante o curso. Os estudiantes podem enviar suas solicitações a qualquer momento do ano.

Requisitos para participar:

O pagamento do crédito deve ser programado em até cinquenta cotas mensais. A primeira deverá ser efetuada três meses depois de finalizados os estudos para os quais foi aprovado. Os empréstimos do Fundo "Leo S. Rowe" devem estar respaldados por uma garantia (uma instituição ou entidade que seja aceita pela Comissão do Fundo Rowe. Os candidatos deverão:

Ser cidadãos de um país Latinoamericano ou Caribe membro da OEA.
Ter uma média acadêmica adequada.
Completar satisfatoriamente os estudos para os quais solicitam o crédito, em um período máximo de dos anos.
Contar com outras fontes de financiamiento que permitam cobrir a maior parte de seus gastos acadêmicos.
Ser aceito como estudante de tempo integral em uma instituição de ensino superior nos Estados Unidos.
Ter um visto que permita estudar nos Estados Unidos.
Assumir o compromisso de regressar ao país de origem depois de completar os estudos.

O formulário de solicitação se encontra disponível no site.

Para maiores informações, vá ao site

abril 04, 2008

VII Jornada Junguiana

VII Jornada Junguiana: Práticas Junguianas Clínica, Organizações Sociais e Arte-terapia

Data: 12 de abril

Local: Auditório da graduação da Universidade Veiga de Almeida, campus
Tijuca (Rua Ibituruna, 108) Rio de Janeiro

Entrada Franca

9h às 9h30min - Abertura

Coordenação da Pós-graduação: Renata Weiss

Coordenação da Psicologia da Tijuca: Solange Souto

Coordenação do Curso "Teoria e Prática Junguiana" : Elizabeth Mello e Maddi Damião Junior - Rio de Janeiro, Vitória e Recife

A Clínica: Fundamentos da Teoria e a Arte da Prática

9h30min às 9h50min - Clínica Junguiana: fundamentos filosóficos

Doutorando Alexandre Schmitt - PUC/SP (ex-aluno da Pós-Graduação em Teoria e Prática Junguiana e professor do curso de Teoria e Prática Junguiana)

9h50 às 10h10min - Imagem e Palavra: teoria e prática

Dra. Estrella Bohadana - ECO/UFRJ - Professora do curso de Pós-Graduação em Teoria e Prática Junguiana

10h às 10h30min - Introdução à Clínica Junguiana

Doutoranda PUC/SP - Carla Portella Bezerra - Professora do curso de Pós-Graduação em Teoria e Prática Junguiana

10h30min às 10h45min - Debate

10h45min às 11h - Intervalo

11h15min às 11h35min - Conceitos Alquímicos e Prática Clínica: Imagens inerentes ao processo terapêutico

Ms. Lorena Kim Richert - PUC/RJ (ex-aluna do curso de Pós-Graduação em Teoria e Prática Junguiana II e supervisora do curso)

11h35min às 11h55min - Sonhos como método

Dr. Maddi Damião Junior - IP/UFRJ - Coordenador técnico e professor do curso de Pós-Graduação em Teoria e Prática Junguiana

11h55min às 12h15min - Imaginação ativa: Imagem, palavra e ação do processo criativo

Dra. Elizabeth C. Cotta Mello - IP/UFRJ - Coordenadora Geral e professora do curso de Pós-Graduação em Teoria e Prática Junguiana

12h15min às 12h30min - Debate

12h30min às 13h30min - Almoço

13h30min às 14h50min - Mesas-Redondas - Processo Criativo e Processo de Individuação: na Clínica, nas Relações Sociais e na Arte

Mesa Redonda I (Auditório): Arte-terapia e Processo Criativo

Coordenação: Vanda Viola

Ms. Vanda Viola (ex-aluna do curso de Pós-Graduação em Teoria e Prática Junguiana IV e Professora do curso de Pós-Graduação em Teoria e Prática Junguiana),

Célia Gago (ex-aluna do curso de Pós-Graduação em Teoria e Prática Junguiana IV)

Márcia Capobianco (ex-aluna do curso de Pós-Graduação em Teoria e Prática Junguiana IV).

Mesa-Redonda II ( Laboratório de Multimídia 1): Psicologia Analítica nas Organizações e na Arte

Coordenação: Ms. Damaris Novo (ex-aluna do curso de Pós-Graduação em Teoria e Prática Junguiana III e professora do curso)

Mestranda Kátia Ovídia (ex-aluna do curso Teoria e Prática Junguiana IV)

Raphael Vaz (aluno do curso Teoria e Prática Junguiana VI)

Mesa-Redonda III ( Laboratório de Multimídia 2): Processo Criativo: criação e clínica junguiana

Coordenação: Eveline Carrano

Mestranda Mara Ferretti (ex-aluna do curso de Pós-Graduação em Teoria e Prática Junguiana III e Professora do curso)

Margarida Santos (ex-aluna do curso de Pós-Graduação em Teoria e Prática Junguiana IV e Professora do curso)

Maria das Graças Santana (aluna do curso de Pós-Graduação em Teoria e Prática Junguiana VI)

14h50min às 15h10min - Intervalo

15h10min às 17h30min - A Mandala das imagens e palavra: deuses e cores

Coordenadores: Damaris Novo, Mara Ferretti, Vanda Viola e Margarida Santos.

17h30min às 18h30min - Discussão e Fechamento

Levar para a parte prática: uma cartolina de qualquer cor

Informações e inscrições:

Informações pelo site e EMAIL

Inscrições na pós-graduação: 2574-8835 - 2574-8867

abril 02, 2008

Pedofilia na internet

Delegado da PF pede legislação específica para coibir pedofilia na internet

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Carlos Eduardo Sobral, delegado da Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal, fala durante reunião da CPI da Pedofilia

Brasília - Para que pessoas que praticam pedofilia pela internet sejam presas é preciso que o Brasil tenha uma legislação específica que regulamente esse tipo de crime.

Essa é a principal reclamação de delegados da Polícia Federal que participam hoje (27) de reunião na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, no Senado.

A maior dificuldade, segundo Carlos Sobral, delegado que atua no combate a crimes cibernéticos, é o rastreamento das informações.

"A pessoa está no Brasil se comunicando com alguém na Alemanha usando um provedor de internet na Rússia e buscando a imagem na China. Falta legislação que permita à polícia conseguir identificar com eficácia e rapidez os autores dos delitos", disse à Agência Brasil.

Ele ainda reclama que a lei não obriga os provedores de internet no Brasil a arquivar dados dos computadores de seus clientes. Segundo o delegado, essa foi uma das principais dificuldades na Operação Carrossel, que investigou crimes de pedofilia pela internet no fim do ano passado.

"[O arquivamento] poderia nos levar ao computador e ao autor da pedofilia e, simplesmente, a operadora, o serviço de telefonia não dispunha dessa informação. Só aí a pessoa já se livrou da investigação desde o início."

A Operação Carrossel foi realizada em 25 estados. Ao todo, foram 102 mandados de prisão. "Se tivéssemos condições de ter acesso a essas informações [dados do computador pela operadora] de forma rápida, com certeza, em vez de 102, seriam mais de 250 mandados", disse o delegado.

A operação ainda apreendeu 142 discos rígidos de computadores e 1.142 DVDs. "Os peritos estão tentando localizar as imagens e chegar ao autor", completou o delegado.

A facilidade com que os dados são trocados entre usuários de internet outro aspecto que preocupa os investigadores. Durante a fase de rastreamento de dados da Operação Carrossel, alertou o delegado, em apenas um computador de um acusado de pedofilia foram detectadas mais de 3 mil pessoas trocando arquivos e fotos.

"Antigamente, a pessoa que tinha acesso às imagens comercializava pessoalmente ou mandava pelo correio, era mais difícil. Com a internet, se tornou mais fácil, apenas com um clique num teclado de computador ela pode disponibilizar para milhares de pessoas", afirmou.

Elaboração de leis contra pedofilia

Senadores pedem ajuda da PF para elaboração de leis contra pedofilia

Ana Luiza Zenker
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Comunicar oficialmente a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, se colocar à disposição e pedir a ajuda da Polícia Federal (PF) para as investigações da CPI. Esses foram os três objetivos da reunião que os senadores Magno Malta (PR-ES) e Demóstenes Torres (DEM-GO), presidente e relator da CPI, respectivamente, tiveram hoje (26) com o diretor-geral da PF, Luís Fernando Corrêa.

De acordo com o senador Magno Malta, os integrantes da CPI estarão à disposição não só da PF, mas também dos outros órgãos responsáveis pelo combate à pedofilia, como o Ministério Público, para dar celeridade à aprovação de leis sobre o assunto, necessárias para a repressão dessa prática.

Já o pedido de ajuda foi no sentido de ter o acompanhamento de agentes, delegados e técnicos da Polícia Federal não só nas ações da CPI nos estados – onde pretendem traçar um mapa da pedofilia no Brasil – mas também “para que eles possam elaborar a legislação junto com os técnicos da CPI e da nossa assessoria, para que nós possamos colocar nesse pacote anti-pedofilia”, afirmou Malta, após a reunião.

Segundo o senador, a comissão deve elaborar e quer aprovar leis ainda durante os seus trabalhos, e não só sugerir medidas legislativas no relatório final. “Nós queremos inovar”, afirmou aos jornalistas.

“O nosso entendimento é que ao apresentar o relatório nós já estaremos entregando leis aprovadas e a tipificação do crime da pedofilia para a sociedade”, disse.

De acordo com o senador Demóstenes Torres, já foram identificados 14 estados e o Distrito Federal como lugares onde a pedofilia acontece de forma mais intensa. “No Brasil, infelizmente, a pedofilia já é uma realidade forte”, afirmou.

Magno Malta defendeu que na legislação que tipifique o crime de pedofilia seja prevista uma pena de 30 anos para o condenado – o maior período que alguém pode ficar preso no Brasil. Além disso, ele afirmou que vai apresentar uma proposta de que todos os que forem identificados como pedófilos sejam identificados para o resto da vida com uma pulseira eletrônica.

Somente com a tipificação do crime é possível punir os acusados. Até agora, no Brasil, as acusações contra pedófilos eram apresentadas com base em artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e como atentado violento ao pudor, mas não como pedofilia.