agosto 25, 2010

PARACAMBI: MANICÔMIO A CÉU ABERTO

Carta aberta do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro

O Programa de Saúde Mental do município de Paracambi tem apresentado perspectiva manicomial de gerir a saúde pública contrariando os interesses dos usuários destes serviços, dos seus familiares, dos trabalhadores e da política nacional de Saúde Mental preconizada pela Lei 10.216, de 6 de abril de 2001, também conhecida como Lei da Reforma Psiquiátrica. Denunciamos nesta carta as seguintes atitudes protagonizadas recentemente pela atual secretaria de saúde:

* Desmonte das práticas antimanicomiais de trabalho direcionadas ao cuidado na perspectiva da construção de autonomia, inserção social e respeito às diferenças.
* Constantes demissões dos trabalhadores, desestruturando equipes comprometidas com o processo de desinstitucionalização e o paradigma da atenção psicossocial.
* Fragilidade nas formas de contratos de trabalho dos profissionais: ausência de concurso público e remuneração salarial vergonhosa.
* Precarização da assistência nos serviços substitutivos: CAPS, centro de convivência, ambulatório infantil e residências terapêuticas.
* Utilização do dinheiro público para reformas no manicômio Dr. Eiras que tem prazo de fechamento determinado pela justiça para outubro de 2010.
* Massificação do cuidado em saúde mental, através de atitudes arbitrárias e que desrespeitam singularidades dos moradores das Residências Terapêuticas, tal como recolhimento dos cartões bancários destes.

Portanto, o Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro, instituição comprometida com o Sistema Único de Saúde, a Reforma Psiquiátrica e o Movimento da Luta Antimanicomial, pronuncia-se contrário a essas atitudes da Secretaria de Saúde do Município de Paracambi. Entende também que o caso de Paracambi não é isolado de um conjunto de ações que se repetem na gestão das políticas de saúde mental de outros municípios e estados brasileiros, que insistem na reabertura de leitos em hospitais psiquiátricos e no desmonte de serviços estruturados nos moldes do paradigma psicossocial.

AS LÓGICAS MANICOMIAIS NÃO ESTÃO RESTRITAS AOS MUROS DO HOSPÍCIO, SENDO ANTES UM MODO DE CUIDAR E SE RELACIONAR COM A LOUCURA.


24 de agosto de 2010

AOS PSICÓLOGOS DO RIO DE JANEIRO

O Conselho Regional de Psicologia da 5ª Região torna público seu posicionamento a respeito da ampla divulgação na imprensa de supostos psicodiagnósticos impingidos ao goleiro do Clube de Regatas Flamengo, Bruno, por parte de psicólogos. Nossas colocações estão norteadas pelo Código de Ética Profissional do Psicólogo - CEPP - (Resolução CFP nº 010/05), documento de caráter nacional que normatiza a atuação dos psicólogos.

Em seu Artigo 1º, que versa sobre os deveres fundamentais dos psicólogos, este documento diz “b) Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente”. Entendemos que somente a partir de um trabalho de atendimento e/ ou acompanhamento minimamente sistemático, pode-se apontar hipóteses diagnósticas tecnicamente balizadas e que tal trabalho se dá em um processo onde interagem ambos analisador e analisado. Sabendo que nenhum dos psicólogos que vêm tendo declarações publicadas atendeu ou acompanhou o caso em questão, afirmamos que tais afirmações não têm a consistência teórica fundamental de que necessitam para ser eticamente comprometidas e tecnicamente válidas.

Destacamos, ainda, as alíneas f e g do mesmo artigo, que versam, respectivamente: “Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos, informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo profissional”; e, “Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário”. Problematizamos, dessa forma, a ampla divulgação de suposto diagnóstico de psicopatia, cuja demanda se deu a partir de uma comoção pública e não a partir do próprio sujeito em questão e/ou de órgãos competentes, como a Justiça. Ressaltamos que, quando é este último o caso, há o compromisso estrito de sigilo profissional que envolve qualquer declaração. A este respeito os artigos 9º e 10 do CEPP são categóricos:

“Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.

Art. 10 – Nas situações em que se configure conflito entre as exigências decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo. Parágrafo único – Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo, o psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente necessárias”.

Especificamente a respeito de divulgação em meios de comunicação, o documento que dispõe sobre as práticas da categoria é claro e contundente:

“Art. 2º – Ao psicólogo é vedado: q) Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar resultados de serviços psicológicos em meios de comunicação, de forma a expor pessoas, grupos ou organizações.”

“Art. 19 – O psicólogo, ao participar de atividade em veículos de comunicação, zelará para que as informações prestadas disseminem o conhecimento a respeito das atribuições, da base científica e do papel social da profissão”.

Visamos com esse pronunciamento orientar a categoria a respeito da importância e seriedade do compromisso com práticas eticamente comprometidas e que não firam os direitos de todos os envolvidos neste caso de grande apelo popular, assim como em quaisquer outros.

Salientamos que tanto nós, Conselho Regional de Psicologia, quanto todos os profissionais psicólogos no exercício de sua profissão devemos contribuir para o fortalecimento e ampliação do significado social da profissão, zelando pela construção da Psicologia enquanto ciência e profissão comprometida com a garantia dos Direitos Humanos. Finalizamos esse comunicado ressaltando a obrigação de todo profissional psicólogo de conhecer, divulgar e cumprir e fazer cumprir o Código de Ética Profissional do Psicólogo (Artigo 1º, alínea a, do CEPP).

agosto 23, 2010

Revista Diálogos n°7 – Política de Assistência Social

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Artigo destaca presença da Marcha dos Usuários pela Reforma Psiquiátrica Antimanicomial no Planalto

Artigo publicado nesta sexta sexta-feira, 20 de agosto, no jornal Correio Braziliense destaca a presença dos usuários de saúde mental na sede do governo Federal como evento marcante. Para o CFP, o texto é importante vitória da luta e reconhecimento da relevância da Marcha, realizada em agosto de 2009.

Opinião

Palácio do Planalto: volta às origens
Brasília, sexta-feira, 20 de agosto de 2010.

Gilberto Carvalho
Chefe do Gabinete Pessoal do presidente da República
Paulo Maldos
Assessor especial do Gabinete Pessoal do presidente da República

Representantes da luta antimanicomial foram recebidos no Palácio do Planalto. No final da reunião, foram convidados para conhecer o gabinete do presidente. Emocionados, circularam entre os móveis, em respeitoso silêncio. Ao deixarem o local, um ex-interno em instituição psiquiátrica sentou-se na cadeira presidencial, enquanto outro lhe apontava a máquina fotográfica. Quando o flash explodiu, um sorriso luminoso inundava o seu rosto. O mais frágil dos excluídos, por um breve instante, sentia-se o mais importante dos brasileiros.

O Palácio do Planalto foi concebido pelo arquiteto Oscar Niemeyer como espaço de fácil contato com a população brasileira. Suas paredes envidraçadas, a ausência de muros e a rampa de ligação com a rua sugerem transparência e acessibilidade. No entanto, o local logo perdeu esse significado: o golpe de Estado de 1964, instaurando a ditadura militar, tornou a sede de governo um símbolo da concentração de poder e do sigilo.

O fim da ditadura, em 1985, e a promulgação da Constituição Federal, em 1988, deram novo alento à participação popular. A cidadania brasileira ganhou impulso para fortalecer as organizações civis, disseminando o protagonismo dos movimentos populares e institucionalizando a participação política da sociedade.

Os presidentes da República eleitos desde 1989 conviveram com a crescente participação da sociedade brasileira e testemunharam o aprendizado dos seus representantes, que iam deixando de ser apenas contestadores e tornando, cada vez mais, propositores de políticas públicas para o país. O Palácio do Planalto, no entanto, permaneceu como espaço de circulação quase exclusiva das elites econômicas e políticas.

A eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República, em 2002, adquiriu significado especial para as entidades da sociedade civil. O presidente Lula é produto das lutas populares iniciadas nos anos da ditadura, que continuaram com a transição democrática e se desdobraram nos anos 90, propondo novas formas de relação entre o Estado e a sociedade. Enraizado nos movimentos sociais, Lula foi aliado de inúmeras lideranças populares e sindicais e sua eleição trouxe, para o centro do poder, toda uma rede de relações construídas ao longo das últimas décadas.

Os representantes da sociedade civil buscaram manter com o presidente eleito a interlocução estabelecida ao longo dos anos, na certeza de que seriam ouvidos e, principalmente, compreendidos.

A partir daí, o Palácio do Planalto foi tomado pela presença inédita de indígenas, quilombolas, pequenos agricultores, mulheres camponesas, trabalhadores sem terra, moradores de rua, quebradeiras de coco, ribeirinhos, seringueiros, pescadores, atingidos por barragens, sindicalistas, portadores de hanseníase, militantes da luta antimanicomial, do movimento negro, das lutas pelos direitos dos homossexuais, das lutas pelos direitos humanos etc.

A sede de governo foi desmistificada, ocupada física e politicamente por representantes dos setores mais marginalizados historicamente em nosso país. Tais representantes entraram nas suas dependências e foram ali recebidos com respeito.

O Palácio do Planalto parece haver encontrado, finalmente, sintonia com sua concepção original: a transparência física com relação ao seu entorno passou a ser acompanhada pela transparência política com relação aos homens e mulheres comuns. A nossa experiência política indica que a transformação social no Brasil vem ocorrendo como uma caminhada contínua, com o protagonismo dos setores populares, que vêm ocupando os espaços físicos e políticos que lhes dizem respeito.

O Palácio do Planalto, para onde, nestes últimos sete anos, os setores populares vieram trazer sua presença militante, se tornou hoje terreno conhecido e humanizado. Agora que o povo entrou e finalmente se familiarizou com esse espaço símbolo do poder, esperamos que não deixe, nunca mais, de ser seu hóspede mais querido e habitual.

Neste momento de devolução do Palácio do Planalto restaurado desejamos ressaltar a dimensão simbólica desse ato, de entrega ao país de seu centro de poder renovado, que volta a pertencer, de maneira transparente e plena, a todo o povo brasileiro.


Fonte:POL

III CBP promove diálogo entre ciência e profissão

Entre os dias 3 e 7 de setembro de 2010 será realizado, em São Paulo, o III Congresso Brasileiro Psicologia: Ciência e Profissão. O evento, maior encontro de psicólogos do país, agrega experiências de pesquisa e do exercício profissional, facilitando o diálogo entre psicólogos que atuam em uma ou outra vertente da profissão.

No III CBP, psicólogos, estudantes, professores e pesquisadores da área discutem questões para aprofundar e qualificar o compromisso para a construção de uma sociedade justa e igualitária, que respeita e promove os direitos humanos e sociais.

A conselheira do CFP, Acácia Angeli, integrante da Comissão Científica do Congresso, explica que o CBP é um congresso científico que pretende reunir profissionais da área para um intercâmbio de ideias e de experiências. O diálogo entre a ciência e a profissão é propiciado pela valorização tanto dos trabalhos científicos como das experiências profissionais.

Com o intuito de mostrar a diversidade da Psicologia, os trabalhos trazidos ao evento representam todas as áreas de investigação e prática psicológica, as diferentes abordagens teóricas e as múltiplas concepções presentes no campo, além das variadas formas de inserção social dessa ciência e profissão.

Diálogos Latino-americanos – Brasil 2010

A União Latino-Americana de Entidades de Psicologia (Ulapsi), na busca da aproximação entre as Psicologias criadas e desenvolvidas nos vários países da América Latina, promove os “Diálogos Latino-Americanos de Psicologia”, durante o III CBP.

A ideia é incentivar e promover o encontro de pesquisadores no campo da Psicologia, oferecendo temas referentes a aspectos da realidade de nossos países.

Para a secretária-executiva da Ulapsi, Ana Bock, o evento deverá significar “um passo adiante na articulação da Psicologia latino-americana e na produção de um conhecimento comprometido com a transformação das condições de vida nesses países”.

A programação completa está disponível no site

As inscrições antecipadas estão encerradas. Caso você não tenha feito e deseja participar do Congresso, poderá efetuar sua inscrição no local do evento, dia 3 de setembro no Memorial da América Latina e nos dias 4, 5, 6 e 7 de setembro na Uninove.

Serão 4.279 atividades envolvendo aproximadamente 10 mil participantes nos cinco dias do encontro.

Fonte: POL

Documento sobre aspectos éticos, técnicos e jurídicos da Resolução CFP nº 009/2010

Tendo em vista o intenso debate gerado pela edição da Resolução CFP nº 009/2010, o Conselho Federal de Psicologia sistematizou informações sobre aspectos éticos, técnicos e jurídicos que fundamentam a Resolução e os disponibiliza para acesso de todos os psicólogos.


Acesse o texto.

agosto 16, 2010

Concurso de Título de Especialista

Inscrições abertas até o dia 17 de agosto

Está marcada para 5 de setembro de 2010 nova edição do Concurso para Concessão do Título de Especialista, em dez especialidades: Psicologia Clínica, Psicologia do Esporte, Psicologia do Trânsito, Psicologia Escolar/Educacional, Psicologia Jurídica, Psicologia Organizacional e do Trabalho, Psicomotricidade, Psicopedagogia, Psicologia Social, Neuropsicologia.

As provas serão realizadas em 13 cidades: Belém/PA, Belo Horizonte/MG, Brasília/DF, Campo Grande/MS, Curitiba/PR, Fortaleza/CE, Manaus/AM, Natal/ RN; Porto Alegre/RS, Recife/PE, Salvador/BA, São Paulo/SP e Vitória/ES. Em São Paulo, ocorrem durante o III Congresso Brasileiro da Psicologia (CBP).

As inscrições estão abertas até 17/08/2010 e podem ser realizadas no site, onde estão disponíveis o edital e outras informações importantes para os candidatos.

São condições para participar do concurso: ser psicólogo com mais de dois anos de inscrição em Conselho Regional de Psicologia (CRP), até a data da prova, estar em pleno gozo dos seus direitos e deverá ter prática profissional na especialidade requerida pelo tempo mínimo de dois anos.

Fonte: CRP-09

agosto 12, 2010

EM CINE - CICLO DE DEBATES

Sobre relacionamentos familiares
Toda última 4ª feira do mês será exibido um filme, acompanhado de debate coordenado por um profissional especializado


Exibição do filme:

Nós que aqui estamos, por vós esperamos

de Marcelo Masagão (BRA, 1999)



Tema:

Direitos Humanos e Psicologia

Sinopse:

A partir da justaposição de imagens e cenas fragmentadas, o documentário mostra uma estreita relação entre os chamados "grandes eventos" do século XX, tais como as guerras e os avanços tecnológicos, e aqueles considerados "pequenos eventos", nos quais se identifica a singularidade e a cotidianidade do ser humano.

Coordenação do debate:

Jessé Guimarães da Silva

Psicólogo, mestre e doutorando em Psicologia pela PUC-RJ, coordenador-executivo do Programa Pró-Adolescente.

Data: 25 de agosto 2010 (4ª feira)
Horário: das 17:30 às 20:30
Local: UERJ, Rua São Francisco Xavier, 524, 10º andar, Bloco D, sala 10.030, SPA - Maracanã

Inscrições 10 min. antes do evento
Informações: (21) 2334-0872 ou proadol@uerj.br

Conferimos declaração de participação

ENTRADA FRANCA

Realização:
Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Instituto de Psicologia- IP
Programa de Formação em Direitos da Infância e da Juventude - Pró-Adolescente

agosto 10, 2010

Prática Profissional do(a) Psicólogo(a) em Programas de Educação Inclusiva

método democrático de construção das resoluções no Sistema Conselhos de Psicologia

Nota do CFP com vistas à contribuição da prática profissional para a cidadania e da relação ética da profissão com a sociedade

É papel institucional do Conselho Federal de Psicologia editar resoluções com o intuito de regular o exercício da profissão na sua relação com a sociedade. As resoluções, ainda que tenham sua aprovação final pelo CFP, são construídas em processos de discussão realizados por todo o Sistema Conselhos de Psicologia que reúne, além do CFP, mais 18 Conselhos Regionais.

Em face da proposição de editar uma resolução, os Conselhos Regionais, junto com o CFP, têm a tarefa de estabelecer diálogos com a categoria acerca de cada temática, estabelecer seu posicionamento e trazer para a Assembleia das Políticas, da Administração e das Finanças (Apaf), da qual participam delegados dos Conselhos Regionais e do Federal. As Resoluções na Apaf votadas são previamente organizadas por grupos de trabalho nacionais do Sistema Conselhos, dos quais participam Conselhos Regionais e Conselho Federal.

Ocorre ainda o Congresso Nacional de Psicologia (CNP), para qual cada um dos 240 mil psicólogos brasileiros é convocado a deliberar sobre a ação do seu Conselho profissional. Este é o método: a organização de meios de participação da categoria, que busca o estabelecimento da democratização das ações realizadas pelo Sistema, inclusive no tocante à elaboração e aprovação de resoluções. Portanto, não é possível a qualificação de centralização de decisões às ações do CFP, pois seu papel é de contribuir para a construção de uma Psicologia que seja una por todo o país, representativa daqueles que dela fazem parte – os psicólogos – e, sobretudo, correspondente às necessidades da população no tocante aos seus direitos!

É exatamente por meio desse método que as resoluções a seguir foram aprovadas, passando a ser alvo de debates e surpresas da mídia sobre, certamente pela desacomodação institucional que podem trazer.

- A Resolução nº 08/2010, que dispõe sobre a atuação do psicólogo como perito e assistente técnico no poder judiciário, aprovada por unanimidade em plenário de 63 delegados.
- A Resolução n° 09/2010, que regulamenta a atuação psicólogo no sistema prisional, com apenas 3 votos contrários em um plenário de 67 delegados.
- A Resolução n° 10/2010, que regulamenta a escuta de crianças e adolescentes envolvidos em situação de violência na rede de proteção, aprovada por unanimidade em plenário de 63 delegados.

O Sistema Conselhos tem clareza de que esta instituição se encontra em momento histórico de sua ação, frente ao cenário de direitos que se instalou no país desde a década de 80. No que tange às citadas Resoluções, não restam dúvidas de que a Psicologia se encontra, sob a égide dos seus princípios éticos presentes no Código de Ética de 2005, em reposicionamento da sua relação com o Sistema de Justiça brasileiro.

Desse modo, a Resolução CFP nº 09/2010 foi resultado de discussões ocorridas no CNP de 2007, mas ainda em 2005 foi indicada em evento organizado em parceria com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen). A sua construção mais efetiva ocorreu ao longo de 2008, nas atividades realizadas pelos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) que culminaram no Seminário Nacional de Psicologia em interface com a Justiça, realizado em Brasília, em 2009. Nesses eventos, direcionados aos psicólogos que atuam judiciário de modo geral e especificamente no sistema prisional, foi possível identificar as diversas queixas sobre o não cumprimento da Lei de Execuções Penais, descumprimento que alia a realização do exame criminológico a uma precariedade de condições e recursos para atuação qualificada e ética. Assim, em face da compreensão da não obrigatoriedade desse exame, bem como da possibilidade ética e muito ampliada da tarefa do psicólogo junto ao trabalho de individualização da pena, a Resolução CFP n° 09/2010 se fez necessária e possível, visto que está fundamentada nos dispositivos legais.

Especificamente no Seminário Psicologia em interface com a Justiça, realizado em 2009, foi possível amadurecer a necessidade da Resolução nº 08/2010, que atende à necessidade de acuidade nas atribuições do perito e do assistente técnico, não mais gerando controvérsias oriundas da prática profissional para aquelas pessoas que procuram pela prática psicológica para alcance de seus direitos.

A Resolução CFP nº 010/2010 percorreu o mesmo caminho, com discussão inicial sobre o Projeto de Lei (PL) do Depoimento sem Dano, de 2008, que inseria, em meio a texto de Projeto de Lei, ações muito específicas do judiciário e propunha-se, inicialmente, a regular técnicas de profissionais como psicólogos e assistentes sociais - alvo de reações dessas duas categorias. Este PL, em 2009 e 2010, foi debatido nacionalmente e nas regiões por diversas vezes. Entre esses debates pode ser lembrado o Seminário Nacional Escuta de Crianças e Adolescentes Envolvidos em Situação de Violência e a Rede de Proteção, no RJ, com cerca de 300 participantes, e transmitido on line. Nesses debates, o Sistema Conselhos alcançou o entendimento de que o Sistema de Garantia de Direitos de crianças e adolescentes deveria ser norte para a ação do psicólogo, a fim de garantir o direito de a criança ser ouvida, mas não o de ser colocada sem seu consentimento a depor em processos judiciais.

A gestão do CFP tem cumprido sua função social de garantir o exercício ético e qualificado da Psicologia e, por isso, reitera a importância de que o mérito de suas decisões continua sendo o de ampliação da contribuição da Psicologia para a cidadania. Contribuição que o CFP entende ser caminho que alia estratégia e ética na ocupação de espaços sociais e de trabalho por parte do psicólogo. Por último, o CFP também não tem dúvidas de que suas ações são pautadas pelas decisões aprovadas nas instâncias deliberativas do Sistema Conselhos: os Congressos Nacionais da Psicologia (CNPs), as plenárias do CFP e dos Conselhos Regionais e a Apaf.


Fonte: POL

julho 23, 2010

CRP-RJ promove roda de conversa sobre direitos da infância e juventude

O CRP-RJ realizou, no dia 9 de julho, a roda de conversa “Diálogos entre as práticas no Sistema de Garantia de Direitos à Infância e Juventude”. O encontro, que ocorreu na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), contou com convidados que atuam na área e incentivou a participação dos presentes no debate.

Dando início ao evento, a conselheira Eliana Olinda Alves (CRP 05/24612), presidente da Comissão de Justiça do CRP-RJ, destacou a importância dessa modalidade de debate, em que todos possuem voz. “Queremos que todos possam interagir. A ideia é debater o que é a Rede de Proteção à Infância e Juventude e o que somos nós nessa rede”.

Para instigar o debate, Eliana apresentou um caso real, atendido por ela na Vara da Infância de um município do interior. O objetivo era que cada um se identificasse com a história, pensando em suas práticas cotidianas.

O caso era sobre um menino que, aos quatro anos de idade, foi encaminhado pela escola ao Conselho Tutelar e diagnosticado por um psiquiatra com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Devido à medicação que passou a tomar, durante o início da aula e o recreio, a criança ficava sonolenta e, após o efeito passar, ficava muito agitada em sala, chegando a ter atitudes vistas como agressivas. Por isso, os pais foram processados judicialmente por negligência e, quando o menino já tinha 10 anos de idade, o caso chegou à sala da psicóloga da Vara da Infância.

“Descobri que a mãe era empregada doméstica e só tinha folga às quartas-feiras. A psicóloga que iria atendê-la só trabalhava às segundas. Então, a mãe não ia ao atendimento e a psicóloga atestou que os pais eram negligentes”, explica Eliana. “Ao longo nesses seis anos de processo, acabou se criando um ‘pequeno monstro’. Mas, quando ele chegou à minha sala, devido à idade e aos medicamentos, ele mal sabia o que se passava. Esse processo é uma ficção”.

A partir da apresentação do caso, os convidados falaram sobre ele e sobre o Sistema de Garantia de Direitos. André Rangel (CRP 05/19996), psicólogo do Centro de Formação da Associação Brasileira Terra dos Homens e membro da Comissão de Psicologia e Justiça do CRP-RJ, iniciou propondo uma reflexão sobre a articulação das práticas psicológicas na Rede de Proteção. “Percebemos práticas muito diferenciadas e, muitas vezes, antagônicas. A que interesses nós, psicólogos, estamos atendendo?”, questionou.

O psicólogo criticou ainda a denominação de psicólogos e assistentes sociais como “técnicos”. “Que técnico é esse? Parece que não há diferenças na formação. Ao mesmo tempo, cria-se um mercado de especialismos, que contribui para a fragmentação do serviço. Nossa atuação se torna individualizante, psicologizante e patologizante. Nos isolamos em nossa sala para fazer um laudo ‘técnico’, para responder demandas que chegam, mas sem refletir sobre elas”.

Achiles Miranda (CRP 05/27415), psicólogo da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) e membro da Comissão de Psicologia e Justiça do CRP-RJ, focou sua fala na importância da família no Sistema de Garantia. “O pensamento sobre a família e o território está instituído na assistência e deveria estar em toda a Rede. Mas isso não funciona na prática como princípio. No caso apresentado pela Eliana, a família já começou sendo responsabilizada, não acolhida”.

Ele lembra que esse pensamento está presente também no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “No Estatuto, a proteção da criança é pensada a partir da cobrança de responsabilidade da família, mas não há mecanismos para cobrar ações do Estado. Tanto que, em todos os processos que já vi, o réu é sempre a família, nunca a Secretaria de Saúde ou de Assistência Social, por exemplo”. Segundo o psicólogo, isso reforça uma lógica da criança ser vista isolada da família. “É isso que o SUAS (Sistema Único de Assistência Social) está tentando mudar”, acrescentou.

A psicóloga Giovanna Marafon (CRP 05/3781), mestre em Educação, doutoranda do Programa de Psicologia/Estudos de Subjetividade da UFF e membro da Comissão de Educação do CRP-RJ, abordou a judicialização da vida escolar. “No caso trazido pela Eliana, dessa ‘biografia infame’, como diz Michel Foucault, temos que pensar como essa criança virou um ‘monstrinho’. Ele foi colocado pela escola como violento, diagnosticado com TDAH, medicalizado e, enfim, encaminhado para a Justiça”.

Ela ressalta que, nesse caso, a instituição de Saúde apenas confirmou o diagnóstico sugerido pela própria escola. “A escola faz parte da Rede de Proteção à Infância e Juventude. Mas será que ela está mesmo inserida na Rede? Ou entra apenas para identificar problemas? Como se coloca, por exemplo, em relação ao Conselho tutelar? É uma relação de parceria ou hierarquizada?”, questionou.

Para Giovanna, situações como essa devem ser pensadas a partir da lógica que se faz presente nas escolas. “Como o professor vem sendo preparado para identificar no corpo do seu aluno anormalidades, transtornos? Ele vem sendo formado a partir de saberes biologizantes, medicalizantes e, cada vez mais, judicializantes”. Nesse último ponto, a psicóloga esclarece que não se trata apenas do encaminhamento ao Poder Judiciário, mas às próprias práticas cotidianas. “Quando a escola se utiliza de punições, transferências, advertências ela também se utiliza do micropoder judicializante”.

Em seguida, a psicóloga Esther Maria de Magalhães Arantes (CRP 05/3192), membro da Comissão de Direitos Humanos do CRP/RJ, do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA) e professora da PUC-Rio e da UERJ, destacou a fragilidade em que se encontra o Sistema de Garantia de Direitos à Infância e Juventude. Ela exemplificou com a atual situação do CEDCA. “Nesse contexto de mudança das secretarias devido às eleições, a conselheira presidente do CEDCA foi demitida há quase dois meses e o Governo do Estado ainda não nomeou outro conselheiro para ocupar seu lugar. O CEDCA está acéfalo”, afirmou.

Ela abordou ainda as mudanças trazidas pelas normativas com relação aos direitos da infância e juventude. “O caso que a Eliana trouxe nos leva a uma discussão muito séria sobre quais são os direitos da criança e do adolescente. Até o século passado, a proteção da criança era muito ligada aos pais. Com o ECA e a Convenção da ONU, de 1989, para além da proteção, a criança ganhou direitos de liberdade, tradicionalmente dados aos adultos. Ela tem direito de participação, de ser ouvida, de ter autonomia. Claro que são vistas como pessoas em desenvolvimento, mas nunca com um viés tutelar e de assujeitamento”.

No entanto, conforme apontou Esther, a escola ainda não se adaptou essa mudança de paradigma. “Historicamente, a educação é autoritária. A escola tem dificuldade de dar à criança liberdade de exercer sua autonomia, sua criatividade. O caso de uma criança que não consegue aprender, em vez de ser resolvido pedagogicamente pela escola, é encaminhado ao Conselho Tutelar. Falta qualificação dos profissionais para saber o que é papel da escola, do Conselho Tutelar, da Saúde etc.”

Fechando a mesa, Antônio Pedro Soares, advogado do Núcleo de Políticas Públicas e Controle Social - ODH Projeto Legal, falou sob o ponto de vista do Direito. “No caso trazido, o Sistema de Garantia acabou sendo um violador de direitos da criança. Ainda vivemos a ideia de que os direitos da infância e juventude estão ligados somente à Assistência Social. A Assistência é um deles, mas há vários outros. Precisamos entender os direitos da criança como universais e transversais”.

O advogado retomou ainda o tema, trazido por Achiles, da falta de responsabilização do Estado. “Vivemos em uma sociedade em que os instrumentos jurídicos de cobrança em relação ao Estado são muito poucos, não só no Sistema de Garantias, mas em qualquer política pública”. Ele ressalta que um desses poucos mecanismos é o Ministério Público, mas seus profissionais raramente possuem um entendimento de onde vêm os direitos da criança. “Os concursos públicos de Direito valorizam conhecimento técnico em detrimento do filosófico”.

Após as falas, foi aberto o debate com os presentes. Uma professora de Psicologia de uma faculdade de Direito levantou a importância de, além de desconstruir a lógica atual, trazer novas possibilidades e exemplos de casos que estejam dando certo. “Muitas vezes, falo para os meus alunos que precisamos desconstruir, mas sinto dificuldade em dizer o que devemos colocar no lugar”.

Respondendo à questão, Giovanna ressaltou que não há “receita de bolo”, pois em cada caso há possibilidade de construir um novo modelo, que não necessariamente se encaixará em outras situações.

Outro ponto trazido por um participante foi a questão do psicólogo enquanto técnico, colocando-se diante do outro para inquirir, não escutar. “Coloca-se o outro dentro de categorias, perde-se a espontaneidade”, declarou ele. Nesse contexto, também foi destacado que esse profissional vem sendo visto como instrumento da Justiça, como nos casos do exame criminológico e do depoimento sem dano. Por isso, colocou-se a importância das resoluções publicadas recentemente pelo CFP que proíbe o psicólogo de participar dessas modalidades.

Outros temas debatidos foram a falta de articulação entre profissionais na Rede de Cuidados, dificuldades do psicólogo no campo da Assistência, a Reforma Psiquiátrica voltada para a infância e juventude e a hierarquização na Justiça, com Psicologia e Assistência sendo vistas como ciências auxiliares.

Eliana Olinda encerrou o evento com uma avaliação positiva do debate. “Essa é uma primeira conversa. Temos que ter consciência de que o CRP somos todos nós, não é só um órgão representativo. Nesse primeiro momento, fizemos uma provocação, mas esperamos que vocês também nos provoquem. Espaços como esse também são de produção de rede”.


Fonte: CRP-RJ
Texto: Bárbara Skaba

Concursos

Instituto de Psicologia/Centro de Filosofia e Ciências Sociais
Universidade Federal do Rio de Janeiro (IP/CFCH/UFRJ)

Vagas:
1 vaga de Professor Adjunto de “Psicometria/Testes Psicológicos”;
1 vaga de Professor Adjunto de “Psicologia Clínica/Psicologia Humanista Existencial”;
1 vaga de Professor Adjunto de “Psicologia Geral e Experimental”.
Vencimentos: R$ 6.722,85
Prazo de Inscrição: 25/06 a 24/07/2010


Ministério Público da União - MPU

Vagas: Cadastro de Reserva para o cargo 1 “Analista Administrativo”
Vencimentos: R$ 6.551,52
Prazo de inscrição: 07/07/2010 a 30/07/2010


Escola de Administração do Exército – EsAEx

Vagas: 3 vagas de Psicólogo
Vencimentos :não informado
Prazo de Inscrição: 26/07 a 16/08/2010

julho 19, 2010

Aluno de pós poderá acumular bolsa e atividade remunerada

Acesso em: 17 jul. 2010.

*RICARDO MIOTO*
DE SÃO PAULO

Alunos de pós-graduação do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico Tecnológico) e da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) poderão agora acumular suas bolsas com outras atividades remuneradas.

A "antiga reivindicação dos bolsistas", nas palavras dos CNPq, foi atendida nesta sexta-feira (16), quando uma portaria assinada pelos presidentes dos órgãos, Carlos Aragão, do CNPq, e Jorge Guimarães, da Capes, foi publicada no Diário Oficial da União

As atividades, porém, terão de ser aprovadas pelos orientadores e informadas aos programas de pós-graduação. Devem estar "relacionadas à área" do estudante e ser "de interesse para sua formação", diz a portaria.

O texto cita "especialmente [atividades de] docência nos ensinos de qualquer grau". Segundo Aragão, os orientadores evitarão que os alunos dediquem um número excessivo de horas ao trabalho fora da universidade.

*ESFORÇO INÚTIL*

Muitos alunos bolsistas já complementavam sua renda com aulas antes da portaria - o CNPq com frequência recebia denúncias de pessoas fazendo isso, diz Aragão. Os inquéritos criados, diz, eram um "esforço inútil", porque é "muito recomendável que o aluno de pós exerça atividades didáticas". "Além disso, há áreas como engenharia ou medicina, em que existia dificuldade para manter estudantes vinculados aos cursos de pós-graduação", diz. Os alunos recebiam ofertas de trabalho com boas remunerações, e era difícil evitar a evasão.

"Por isso, a medida será boa no que diz respeito à interação com empresas", diz, argumentando que ela vai permitir que empresas se aproximem das universidades quando alunos de pós estiverem nos seus quadros.


FONTE: Folha

SARAH - Fisioterapia para todos

Um imenso centro de reabilitação, na Barra da Tijuca, oferece tratamento fisioterápico grátis.


Sarah

O HOSPITAL SARAH RIO, especializado em neuroreabilitação, inaugurado no dia 01 de maio de 2009, na Barra da Tijuca, já está cadastrando para atendimento, novos pacientes adultos e crianças com as seguintes patologias:

· Paralisia cerebral

· Crianças com atraso do desenvolvimento motor

· Sequela de traumatismo craniano

· Sequela de AVC

· Sequelas de hipóxia cerebral

· Má-formação cerebral

· Sequela de traumatismo medular

· Doenças medulares não traumáticas como mielites e mielopatias

· Doenças neuromusculares como miopatias, neuropatias periféricas hereditárias e adquiridas, amiotrofia espinhal

· Doença de Parkinson e Parkinsonismo

· Ataxias

· Doença de Alzeihmer e demências em estágio inicial

· Esclerose múltipla

· Esclerose lateral amiotrófica em estágio inicial

· Mielomeningocele

· Espinha bífida

· Paralisia facial

O atendimento é totalmente gratuito.

O cadastro para atendimento de novos pacientes é feito exclusivamente pelos telefones: 21 3543-7600 21 3543-7600 e 21 3543-7600 21 3543-7600 , das 08 às 17 horas, de segunda a sexta-feira.

julho 09, 2010

CURSO DE FORMAÇÃO EM TERAPIA DE CASAL E FAMÍLIA (43ª Turma) em apenas 2 ANOS

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O CEFI - Centro de Estudos da Família e do Indivíduo de Porto Alegre nasceu em 1989, com o objetivo de difundir e ampliar conhecimentos no campo da Terapia de Família. Foi construindo novos espaços na Capital e interior do Estado do Rio Grande do Sul, implantando cursos e departamentos especializados, efetuando convênios, ampliando seu serviço de atendimento terapêutico e assim, favorecendo o acesso deste benefício aos diferentes segmentos sociais.

O curso tem reconhecimento do CFP, ABRATEF e ABEP e concede o título de Especialista em Psicologia Clínica pelo Conselho Federal de Psicologia

Público Alvo: Psicólogos, Médicos, Assistentes Sociais
Objetivo: Capacitar profissionais para o diagnóstico, atendimento terapêutico e preventivo de casais e família.
Duração: 2 anos letivos (conclusão em janeiro de 2012)
Horário: Aulas quinzenais Sextas-feiras (à tarde) e Sábados (manhã e tarde)
Carga Horária Total: 760 horas/aula
Metodologia: Seminários teóricos, prática supervisionada em Câmara de Gesell, vivências, discussão de filmes e casos clínicos.

Inscrição: Entrevista de Seleção
Documentos: Currículo, cópia do Certificado de Graduação, autobiografia, foto 3x4.

Investimento: Consulte pelos Fones: (51) 3222.5578 / 3346.1525

CONCURSO PÚBLICO DE TÍTULOS E PROVAS PARA PROFESSOR ADJUNTO

40H DE PARA O SETOR DE TESTES PSICOLÓGICOS DO DEPARTAMENTO DE PSICOMETRIA DO INSTITUTO DE PSICOLOGIA DA UFRJ.


Cargo - Professor Adjunto, 40h, Dedicação Exclusiva
Remuneração inicial: R$6.722,85

Inscrições: até 24 de julho de 2010
Local: UFRJ, Instituto de Psicologia - av. Pasteur, 250 - Pavilhão Nilton Campos
Campus Praia Vermelha, Urca, Rio de Janeiro
Horário: 10 às 14h

PROGRAMA DO CONCURSO

1. Histórico da medida e Fundamentos da avaliação psicológica.
2. Testes Objetivos em Psicologia e suas qualidades psicométricas.
3. Técnicas expressivas em Psicologia e suas qualidades psicometricas.
4. A questão da validade e a fidedignidade dos testes projetivos.
5. Escalas psicométricas: construção e aplicações na avaliação psicológica
6. A utilização dos testes psicológicos: dimensão ética e compromisso com a promoção de direitos
7. Análise qualitativa e quantitativa na pesquisa em psicologia
8. A construção de Instrumentos de medida psicológica adequados à População brasileira
9. O rigor metodológico e a cientificidade na pesquisa com o uso de testes psicológicos
10. A questão da divulgação para o público em geral dos procedimentos de aplicação e avaliação dos Testes Psicológicos e suas conseqüências
11. A validade e fidedignidade dos Testes Temáticos


Prova prática

1. Psicometria: Tratamento de um banco de dados utilizando o pacote estatístico spss
2. Testes psicológicos: Avaliação de um caso clínico utilizando um ou mais testes psicológicos

Maiores informações:

Edital 28, de 24 de junho de 2010, publicado em DOU em 25 de junho de 2010.

Seminário Cartografias Sociais e território na América Latina

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CFP publica resoluções sobre atuação do psicólogo na Justiça

O Conselho Federal de Psicologia publicou no Diário Oficial da União três novas resoluções que tratam do trabalho do psicólogo no campo da Justiça. Todas foram apreciadas e aprovadas na Assembleia das Políticas, da Administração e das Finanças (APAF) do Sistema Conselhos, realizada em maio deste ano, e ratificadas em Reunião Plenária do CFP, nos dias 18 e 19 de junho.

Sistema prisional

A Resolução CFP nº 009/2010, publicada em 1º de julho, regulamenta a atuação do psicólogo no sistema prisional. Entre suas determinações, a resolução veda ao psicólogo realizar exame criminológico e “participar de ações e/ou decisões que envolvam práticas de caráter punitivo e disciplinar, bem como documento escrito oriundo da avaliação psicológica com fins de subsidiar decisão judicial durante a execução da pena do sentenciado” (art. 4º, alínea a). De acordo com a conselheira Maria Márcia Badaró Bandeira (CRP 05/2027), coordenadora do Grupo de Trabalho Psicologia e Sistema Prisional do CRP-RJ e ex-psicóloga da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP-RJ), a resolução foi fruto das contribuições dos Conselhos Regionais que integraram o Grupo de Trabalho Nacional criado na APAF de dezembro de 2009. Fizeram parte desse GT o CRP-RJ, CRP-SP, CRP-RS, CRP-DF, CRP-CE e CFP.

“A criação da Resolução atendeu ao anseio da maioria dos psicólogos que atua no sistema prisional brasileiro e que, desde 2005, vêm discutindo a importância da mudança de paradigmas na prática do psicólogo nesse campo. A categoria amadureceu ao longo dos anos e hoje tem um percurso histórico, teórico e político que lhe permite sustentar a defesa de outro lugar no sistema prisional, mais comprometido com a saúde integral dos usuários Portanto, a Resolução vem coroar a luta por uma outra Psicologia, pautada no seu Código de Ética Profissional, possibilitando ao psicólogo práticas mais inventivas e potentes de vida”, afirma Márcia.

Segundo a conselheira, esses princípios foram estabelecidos também pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pelo Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário, criado em 2003, e que, para ela, ainda necessita ser efetivamente implantado no Rio de Janeiro. “Há verbas do Ministério da Saúde e da Justiça para tal e é muito importante que os órgãos de controle social, como por exemplo, o Conselho Estadual de Saúde, exerçam sua função de acompanhar e fiscalizar a aplicação das verbas destinadas ao funcionamento desse Plano”.

Concluindo, a conselheira lembra: “Nosso compromisso maior é com as pessoas que atendemos no nosso cotidiano de trabalho e é para eles que nossas ações de saúde devem estar voltadas, pensando principalmente no seu retorno à vida em liberdade”.

Atenção:
O CRP-RJ convida os psicólogos da SEAP para uma reunião no dia 20 de julho de 2010, às 17h30, no auditório de sua sede. O objetivo é discutir a Resolução nº 009/2010 e dirimir dúvidas acerca da mesma.

Resolução CFP nº 009/2010

Escuta de crianças

A Resolução CFP nº 010/2010, também publicada em 1º de julho, institui a regulamentação da escuta psicológica de crianças e adolescentes envolvidos em situação de violência na Rede de Proteção. Fruto de uma discussão que já vinha sendo travada no Sistema Conselhos há algum tempo, o documento diferencia escuta de inquirição e enfatiza que o trabalho do psicólogo deve se pautar pela primeira, não pela segunda. Nesse sentido, a resolução, em seu anexo, veda ao psicólogo o papel de inquiridor no atendimento de crianças e adolescentes em situação de violência.
De acordo com o texto: “A escuta deve ter como princípio a intersetorialidade e a interdisciplinaridade, respeitando a autonomia da atuação do psicólogo, sem confundir o diálogo entre as disciplinas com a submissão de demandas produzidas nos diferentes campos de trabalho e do conhecimento. Diferencia-se, portanto, da inquirição judicial, do diálogo informal, da investigação policial, entre outros”.


Resolução CFP nº 010/2010


Perito e assistente técnico no Poder Judiciário

A Resolução CFP nº 008/2010, publicada em 2 de julho, dispõe sobre a atuação do psicólogo como perito e assistente técnico no Poder Judiciário. O texto versa sobre a relação profissional entre ambos, que “deve se pautar no respeito e colaboração, cada qual exercendo suas competências, podendo o assistente técnico formular quesitos ao psicólogo perito”, e define questões técnicas e éticas desses profissionais.

Resolução CFP nº 008/2010

IX Congresso Brasileiro de Terapia Familiar debaterá questões contemporâneas sobre Tempo, Limite e Sexualidade

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Jovens violentos, a relação da sexualidade, publicidade e consumo, os deveres da ação do Estado sobre as famílias, as medidas de proteção para crianças em risco, novas relações parentais e casamento homo-afetivo. Estes são alguns dos temas que serão debatidos no IX Congresso Brasileiro de Terapia Familiar, que será realizado em Búzios, no Rio de Janeiro, de 11 a 14 de agosto.

O encontro, organizado pela A ABRATEF - Associação Brasileira de Terapia Familiar e pela ATF-RJ - Associação de Terapia Familiar do Rio de Janeiro, terá como eixos temáticos Tempo, Limite e Sexualidade, e deverá reunir 1,2 mil pessoas, entre palestrantes internacionais, terapeutas de todo o território nacional, acadêmicos e estudantes de diversas áreas.

Eventos integrados

Paralelamente ao Congresso, serão realizados dois eventos: o Encontro Latino Americano de Terapeutas Familiares será no dia 11, pela manhã, antes da abertura oficial do congresso e contará com a presença de terapeutas familiares internacionais, que debaterão suas idéias com terapeutas latino-americanos. Já o *IV Encontro de Pesquisadores acontece à tarde e vai apresentar pesquisas de todo o território brasileiro.

Responsabilidade social e comunidade

O Congresso terá uma ação comunitária junto a entidades e organizações que trabalhamo no atendimento direto de grupos vulnerabilizados, entre eles, a APAE de Búzios, que vai participar da discussão sobre "Sexualidade nas pessoas com síndrome de Down", a Fundação Bem-te-vi, o Crer-VIP, a Escola Oliveira Botas e o Grupo Melhor Idade (Associação de Idosos).



Informações para imprensa:

Lilia Giannotti
E-mail: lilia@dagemacomunicacao.com.br
Telefones: (21) 2286-7144 / 8754-4547

Conselheiros do CRP-09 solicitam a elaboração e aprovação de Projeto de Lei para psicólogos na Educação em Goiânia

A par de cumprimentá-la (o), escrevo para comunicar que, na quarta-feira, dia 07 de julho, em nome do CRP-09 - Goiás e Tocantins, os conselheiros Alba Lucínia da Silva Magalhães de Sensi, Márcia Freire Ribeiro e Sebastião Benício da Costa Neto foram recebidos em audiência pelo vereador Anselmo Pereira da Silva Sobrinho, atual vice-prefeito de Goiânia e presidente da Câmara de Vereadores de Goiânia, para discutir o Projeto de Lei (PL) que garanta a presença do Psicólogo no Sistema Educacional do Município de Goiânia, anteriormente arquivado.

Durante a audiência, definiu-se que o PL será ativado com a participação do CRP-09. A minuta do PL poderá ser discutida durante o III Congresso de Psicologia de Goiás e Tocantins, que acontecerá de 5 a 7 de agosto, no Castro’s Hotel de Goiânia, e, ainda, deverá ser objeto de uma Audiência Pública na Câmara dos Vereadores. Adicionalmente, discutiu-se a possibilidade de outro Projeto de Lei ser apresentado para tornar o dia 27 de agosto o Dia do Psicólogo também no município de Goiânia.

Convido a todos os interessados em colaborar com este Projeto de Lei para entrar em contato com o GT de Psicologia Educacional e Escolar do CRP-09, pelo telefone (62) 3253-1785.


Prof. Dr. Sebastião Benício da Costa Neto
Presidente do CRP-09

Comissão aprova piso salarial de R$ 4.650 para psicólogos

Arquivo - Bernardo Hélio
Daneil Almeida: piso vai assegurar remuneração mais justa.

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou nesta quarta-feira (7) o Projeto de Lei 5440/09, do deputado Mauro Nazif (PSB-RO), que institui o piso nacional para os psicólogos, no valor de R$ 4.650. A proposta altera a Lei 5.766/71, que criou o conselho federal da categoria.

De acordo com o projeto, o piso salarial será reajustado logo após a sanção do texto com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado entre fevereiro de 2009 e o mês anterior ao início da vigência da lei. Aumentos futuros serão concedidos anualmente, também com base no INPC.

Para o relator na comissão, deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), o piso salarial vai assegurar aos psicólogos uma remuneração proporcional às suas responsabilidades. Segundo ele, a medida evitará que esses profissionais tenham de trabalhar em vários estabelecimentos ou “desempenhar outras atividades para sobreviverem com dignidade”.

Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivoRito de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. O projeto perderá esse caráter em duas situações: - se houver parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra); - se, depois de aprovado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total). Nos dois casos, o projeto precisará ser votado pelo Plenário., já foi aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família. A proposta ainda será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Íntegra da proposta:

* PL-5440/2009

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Paulo Cesar Santos

Fonte: CAMARA

julho 08, 2010

Concursos

Prefeitura Municipal de Santa Maria Madalena

Vagas: 1 vaga de psicólogo e formação de Cadastro de Reserva
Vencimentos: R$ 984,64
Prazo de Inscrição: 23/06 a 14/07/2010


SESDEC

Vagas: 38 A.C. + 2 P.N.E. vagas para o cargo de “Especialista em Gestão de Saúde”
Vencimentos: A partir de R$ 5.082,00
Prazo de Inscrição: 15/06 a 18/07/2010


Prefeitura Municipal de Italva

Vagas: 2 vagas de Psicólogo
Vencimentos: R$ 2.265,44
Prazo de Inscrição: 14/06 a 09/07/2010

Acesse a página de concursos do CRP-RJ

junho 29, 2010

CRP-RJ promove evento sobre as práticas no Sistema de Garantia de Direitos à Infância e Juventude

No dia 9 de julho, a Comissão de Justiça do CRP-RJ realizará a roda de conversa “Diálogos entre as Práticas no Sistema de Garantia de Direitos à Infância e Juventude”. O encontro pretende colocar em análise o distanciamento produzido nas práticas de assistência à infância, no Sistema de Garantia, entendendo que esse diálogo pode ser disparador para a construção e fortalecimento de redes.

O evento ocorrerá das 9h às 13h30, no auditório 91 da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo e-mail eventos@crprj.org.br.

Às 9h, haverá um café de manhã para recepcionar os participantes. A partir das 9h30, terá início a roda de conversa, com os convidados:

- Esther Maria de Magalhães Arantes (CRP 05/3192) - Psicóloga e Membro da Comissão de Direitos Humanos do CRP/RJ, do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente e Professora da PUC-Rio e da UERJ;
- André Rangel (CRP 05/19996) - Psicólogo do Centro de Formação da Associação Brasileira Terra dos Homens e Membro da Comissão de Psicologia e Justiça do CRP-RJ;
- Achiles Miranda (CRP 05/27415) - Psicólogo da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) e Membro da Comissão de Psicologia e Justiça do CRP-RJ;
- Antônio Pedro Soares - Advogado do Núcleo de Políticas Públicas e Controle Social - ODH Projeto Legal;
- Giovanna Marafon (CRP 05/3781) - Psicóloga, mestre em Educação e doutoranda do Programa de Psicologia / Estudos de Subjetividade da UFF - Grupo de pesquisa sobre a judicialização da vida e Membro da Comissão de Educação do CRP-RJ.

SERVIÇO: Roda de conversa “Diálogos entre as Práticas no Sistema de Garantia de Direitos à Infância e Juventude”

Data: 9 de julho de 2010
Local:Auditório da UERJ 9° andar, sala n° 91
R. São Francisco Xavier n˚ 524 - Maracanã

Inscrições: eventos@crprj.org.br

Publicação CFP

Referências técnicas para atuação de psicólogos no âmbito das medidas socioeducativas em unidades de internação

CFP comemora novas regras para cobertura dos planos de saúde e segue buscando cobertura completa em saúde mental

Entraram em vigor no início de junho as novas regras estabelecidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para a cobertura mínima obrigatória oferecida pelos planos de saúde.

Alguns dos 70 procedimentos incluídos estão relacionados à Psicologia e, na opinião do CFP, que esteve presente em todas as etapas públicas da elaboração da Resolução Normativa da ANS, são uma vitória da atuação da categoria.

Destacam-se, como pontos positivos, a ampliação de consultas ambulatoriais e procedimentos de Psicologia e outras em saúde mental, e também a inclusão de princípios da reforma psiquiátrica antimanicomial na cobertura obrigatória, por meio sobretudo da obrigatoriedade do atendimento cotidiano em hospital-dia. Acompanhe abaixo detalhes das conquistas e desafios.

1) A ampliação da cobertura para saúde mental, na direção do que preconiza a Lei 10216/01, foi grande avanço na nova resolução da ANS.

Uma mudança positiva é a incorporação, no novo rol de procedimentos, de regulação da atenção à saúde mental na saúde suplementar. A nova Resolução da ANS (número 211) traz diversas conquistas, todas elas frutos diretos de persistente e qualificada gestão do CFP.

O artigo 3º da resolução incorpora, como princípio, a “adoção de medidas que evitem a estigmatização e a institucionalização dos portadores de transtornos mentais, visando o aumento de sua autonomia".

Outra grande conquista é que a atenção prestada aos portadores de transtornos mentais deverá priorizar o atendimento ambulatorial e em consultórios, utilizando a internação psiquiátrica apenas como último recurso terapêutico.

Item ausente na cobertura anterior e que foi incorporado é a cobertura obrigatória de todos os procedimentos clínicos ou cirúrgicos decorrentes de transtornos mentais, inclusive aqueles necessários ao atendimento das lesões auto-infligidas.

O atendimento/acompanhamento em hospital-dia é mais uma enorme conquista. Agora, casos graves em saúde mental podem ser atendidos em serviço abertos de atenção
Ainda que, para o CFP, o ideal fosse não haver restrição alguma a CIDs, mas um critério de gravidade de cada caso, o avanço possível, neste momento, foi obtido, com cobertura obrigatória desde que preenchidos alguns critérios, explícitos nas diretrizes de utilização.

O Conselho vem continuamente defendendo os princípios da Reforma Psiquiátrica no âmbito do Sistema Único de Saúde. Com esta mesma orientação, participou do grupo que elaborou novas diretrizes para atenção à saúde mental na ANS, já publicadas, e questionou a antiga Resolução do Conselho de Saúde Suplementar (Consu n° 11/98), substituída pelo novo Rol.

2) Ampliação de consultas ambulatoriais de Psicologia e outras em saúde mental, que representam o avanço para o atendimento em saúde mental e atuação do psicólogo na saúde suplementar.

A única cobertura relacionada ao atendimento ambulatorial em saúde mental prevista na resolução anterior, a 167, era de 12 sessões de psicoterapia, não existindo nenhum procedimento específico previsto para o trabalho do psicólogo.

A nova resolução (211) traz, portanto, enorme conquista: 40 sessões com psicólogo para alguns CIDs e 12 sessões de psicoterapia, também para alguns CIDs. Cresceu a quantidade possível para atendimento, mas houve também uma nova restrição de CIDs.

O cenário que o CFP buscou construir ao longo de sua atuação com a ANS era a cobertura sem limites para consultas, sem haver também restrição de CIDs, o que ainda não foi alcançado, mas continua sendo a meta para a categoria.

Mais um ponto positivo do novo texto é explicitar a condição ilimitada da cobertura hospitalar. Com isso, as intervenções de outros profissionais indicadas pelo médico assistente não têm mais limitação alguma - nem pelo número de sessões, nem em relação aos CIDs. Dessa forma, um paciente internado para transplante renal, por exemplo, cujo médico assistente solicite atendimento psicológico, deve receber as sessões que forem necessárias, independentemente de seu diagnóstico psicológico.

Atuação continua
O Conselho Federal de Psicologia, ao mesmo tempo em que reconhece e comemora os avanços, continua atuando fortemente na perspectiva da atenção integral e multiprofissional em saúde e, por isso, continua construindo subsídios e diretrizes, questionando, sobretudo, a limitação de sessões e subordinação do trabalho dos profissionais da psicologia ao médico assistente.

No mesmo sentido, o CFP continuará atuando no questionamento à necessidade de co-participação para internações, isto é, existência de cobrança aos pacientes a partir de um determinado número de dias de internação.

Houve acordos construídos durante todo o processo de debate sobre o novo Rol que foram deixados de lado após a consulta pública, na qual a pressão dos planos de saúde sobre a ANS foi visível.

Após a divulgação da Resolução Normativa número 211, pela ANS, o Conselho continuou atuando para garantir todos os avanços importantes para a profissão. Ele participa de ação conduzida pelo Ministério Público de Caxias do Sul (RS) que, em conjunto com outras Promotorias de Defesa da Saúde Pública, questionam, do ponto de vista legal, itens como a necessidade de solicitação de médico para o atendimento com psicólogos e para psicoterapia. Tal exigência, na avaliação do CFP, revela ilegítima e inconstitucional hierarquização da atuação dos profissionais da saúde, e vem sendo questionado justamente por ferir a autonomia das profissões.

Além disso, Conselho Federal de Psicologia participou das sete reuniões para discussão do novo rol de procedimentos e eventos em saúde, no primeiro semestre de 2009, opinou na consulta pública e esteve presente na reunião pós-consulta.

Uma pesquisa também foi realizada sobre os marcos legais da saúde mental na saúde suplementar, e publicada no documento “A regulação estatal sobre saúde mental no Brasil e suas implicações sobre os serviços de psicologia e psicoterapia na Saúde Suplementar”. A finalidade do documento é servir de subsídio técnico e jurídico para as ações do CFP junto às instâncias do governo e controle social para defender uma saúde suplementar que abranja todos os níveis de atenção à saúde, de forma integral e não limitada.


Fonte: POL

Serviço de Apoio LGBT, religiosos e HIV

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junho 24, 2010

O homem não aceita mais ficar triste

ISTOÉ - Independente

N° Edição: 2115 | 21.Mai - 21:00
Atualizado em 24.Jun.10 - 09:31

Miguel Chalub

"O homem não aceita mais ficar triste"

Uma das maiores autoridades brasileiras em depressão, o médico diz que, hoje, qualquer tristeza é tratada como doença psiquiátrica. E que prefere-se recorrer aos remédios a encarar o sofrimento
Adriana Prado

RECEITA
Chalub afirma que muitos médicos se rendem aos laboratórios farmacêuticos e Indicam antidepressivos sem necessidade

A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que a depressão será a doença mais comum do mundo em 2030 – atualmente, 121 milhões de pessoas sofrem do problema. Para o psiquiatra mineiro Miguel Chalub, 70 anos, há um certo exagero nessas contas. Ele defende que tanto os pacientes quanto os médicos estão confundindo tristeza com depressão. “Não se pode mais ficar triste, entediado, porque isso é imediatamente transformado em depressão”, disse em entrevista à ISTOÉ.

"Hoje, brigar com o marido, sair do emprego, qualquer motivo é válido para se dizer deprimido. Mas o sofrimento não significa depressão"

Professor das universidades Federal (UFRJ) e Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), ele afirma que os psiquiatras são os que menos receitam antidepressivos, porque estão mais preparados para reconhecer as diferenças entre a “tristeza normal e a patológica”. Mas o despreparo dos demais especialistas não seria o único motivo do que o médico chama de “medicalização da tristeza”. Muitos profissionais se deixam levar pelo lobby da indústria farmacêutica. “Os laboratórios pagam passagens, almoços, dão brindes. Você, sem perceber, começa a fazer esse jogo.”


"Há a tendência de achar que o medicamento vai corrigir qualquer distorção humana. É a busca pela pílula da felicidade"

Istoé
Por que tantas previsões alarmantes sobre o aumento da depressão no mundo?

Miguel Chalub
Porque estão sendo computadas situações humanas de luto, de tristeza, de aborrecimento, de tédio. Não se pode mais ficar entediado, aborrecido, chateado, porque isso é imediatamente transformado em depressão. É a medicalização de uma condição humana, a tristeza. É transformar um sentimento normal, que todos nós devemos ter, dependendo das situações, numa entidade patológica.

Istoé
Por que isso aconteceu?

Miguel Chalub
A palavra depressão passou a ter dois sentidos. Tradicionalmente, designava um estado mental específico, quando a pessoa estava triste, mas com uma tristeza profunda, vivida no corpo. A própria postura mostrava isso. Ela não ficava ereta, como se tivesse um peso sobre as costas. E havia também os sintomas físicos. O aparelho digestivo não funcionava bem, a pele ficava mais espessa. Mas, nos últimos anos, a palavra depressão começou a ser usada para designar um estado humano normal, o da tristeza. Há situações em que, se não ficarmos tristes, é um problema – como quando se perde um ente querido. Mas o homem não aceita mais sentir coisas que são humanas, como a tristeza.

Istoé
A que se deve essa mudança?

Miguel Chalub
Primeiro, a uma busca pela felicidade. Qualquer coisa que possa atrapalhá-la tem que ser chamada de doença, porque, aí, justifica: “Eu não sou feliz porque estou doente, não porque fiz opções erradas.” Dou uma desculpa a mim mesmo. Segundo, à tendência de achar que o remédio vai corrigir qualquer distorção humana. É a busca pela pílula da felicidade. Eu não preciso mais ser infeliz.

Istoé
O que diferencia a tristeza normal da patológica?

Miguel Chalub
A intensidade. A tristeza patológica é muito mais intensa. A normal é um estado de espírito. Além disso, a patológica é longa.

Istoé
Quanto tempo é normal ficar triste após a morte de um ente querido, por exemplo?

Miguel Chalub
Não dá para estabelecer um tempo. O importante é que a tristeza vai diminuindo. Se for assim, é normal. A pessoa tem que ir retomando sua vida. Os próprios mecanismos sociais ajudam nisso. Por que tem missa de sétimo dia? Para ajudar a pessoa a ir se desonerando daquilo.

Istoé
Quais são os sintomas físicos ligados à depressão?

Miguel Chalub
Aperto no peito, dificuldade de se movimentar, a pessoa só quer ficar deitada, dificuldade de cuidar de si próprio, da higiene corporal. Na tristeza normal, pode acontecer isso por um ou dois dias, mas, depois, passa. Na patológica, fica nas entranhas.

Istoé
Ainda há preconceito com quem tem depressão?

Miguel Chalub
Não. É o contrário. A vulgarização da depressão diminuiu o preconceito, mas criou outro problema, que é essa doença inexistente. Antes, a pessoa com depressão era vista como fraca. Hoje, as pessoas dizem que estão deprimidas com a maior naturalidade. Não se fica mais triste. Se brigar com o marido, se sair do emprego, qualquer motivo é válido para se dizer deprimido. Pode até ser que alguém fique realmente com depressão, mas, em geral, fica-se triste. O sofrimento não significa depressão. E não justifica o uso de medicamentos.

Istoé
Os médicos não deveriam entender este processo?

Miguel Chalub
Os médicos não estão isentos da ideologia vigente. O que acontece é: você vem ao meu consultório. Eu acho que você não está deprimido, que está só passando por uma situação difícil. Então, proponho que você faça um acompanhamento psicoterápico. Você não fica satisfeito e procura outro médico, que receita um antidepressivo. Ele é o moderno, eu sou o bobão. Para não ser o bobão, eu receito um antidepressivo logo. É uma coisa inconsciente.

Istoé
Inconsciente?

Miguel Chalub
Os médicos querem corresponder à demanda. Senão, o paciente sairá achando que não foi bem atendido. Receitando um antidepressivo, eles correspondem à demanda, porque a pessoa quer ser enquadrada como deprimida. Mas há a questão dos laboratórios. Eles bombardeiam os médicos.

Istoé
A ponto de influenciar o comportamento deles?

Miguel Chalub
Se for um médico com boa formação em psiquiatria, mesmo que não seja psiquiatra, ele saberá rejeitar isso, mas outros não conseguem. Eles se baseiam nos folhetos do laboratório. Não é por má-fé. Os laboratórios proporcionam muitas coisas. Pagam passagens, almoços, dão brindes. O médico, sem perceber, começa a fazer o jogo. Porque me pagaram uma passagem aérea ou me deram um laptop, acabo receitando o que eles estão querendo.

Istoé
O médico se vende?

Miguel Chalub
Sim. Por isso é que há uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária proibindo os laboratórios de dar brindes aos médicos. Nenhum laboratório suborna médico, não que eu saiba, nem vai chegar aqui e dizer: “Se você receitar meu remédio, vou lhe dar uma mensalidade.” Mas eles fazem esse tipo de coisa, que é subliminar. O médico acaba tão envolvido quanto se estivesse recebendo um suborno realmente.

Istoé
Esse lobby é capaz de fazer um médico receitar certo remédio?

Miguel Chalub
Aí é a demanda e a lei do menor esforço. Se o paciente chegar se queixando de insônia, por exemplo, o que o médico deveria fazer era ensiná-lo como dormir. Ou seja, aconselhar a tomar um banho morno, um copo de leite morno, por exemplo. Mas é mais fácil, tanto para o paciente quanto para o médico, receitar um remédio para dormir.

Istoé
Os demais especialistas também receitam remédios psiquiátricos, não?

Miguel Chalub
Quem mais receita antidepressivos não são os psiquiatras, são os demais especialistas. Os psiquiatras têm uma formação para perceber que primeiro é preciso ajudar a pessoa a entender o que está se passando com ela e depois, se for uma depressão mesmo, medicar. Agora, os outros, não querem ouvir. O paciente diz: “Estou triste.” O médico responde: “Pois não”, e receita o remédio. Brinco dizendo o seguinte: se você for a um clínico, relate só o problema clínico. Dor aqui, dor ali. Não fale que está chateado, senão vai sair com um antidepressivo. É algo que precisamos denunciar.

Istoé
Os psiquiatras deveriam ser os únicos autorizados a receitar esse tipo de medicamento?

Miguel Chalub
Não acho que seja motivo para isso. Os outros especialistas têm capacidade de receitar, desde que não entrem nessa falácia, nesse engodo.

Istoé
Mas os demais especialistas estão capacitados para receitar essas drogas?

Miguel Chalub
Em geral, não.

Istoé
É comum o paciente chegar ao consultório com um “diagnóstico” pronto?

Miguel Chalub
É muito comum. Uma vez chegou um paciente aqui que se apresentou assim: “João da Silva, bipolar.” Isso é uma apresentação que se faça? Quase respondi: “Miguel Chalub, unipolar.” É uma distorção muito séria.

Istoé
O acesso à informação, nesse sentido, tem um lado ruim?

Miguel Chalub
A internet é uma faca de dois gumes. É bom que a pessoa se informe. A época em que o médico era o senhor absoluto acabou. Mas a informação via Google ainda é precária. Muitas vezes, a depressão, por exemplo, é ansiedade. Mas as pessoas não querem conviver com a ansiedade, que é uma coisa desagradável, mas que também faz parte da nossa humanidade. Tenho uma paciente que disse: “Ando com um ansiolítico na bolsa. Saí de casa, me aborreci, coloco ele para dentro.” Então é isso? Se alguém me fala algo desagradável, eu tomo um ansiolítico? Isso é uma verdadeira amortização das coisas.

Istoé
O que causa a depressão?

Miguel Chalub
Esse é um dos grandes mistérios da medicina. A gente não sabe por que as pessoas ficam deprimidas. O mecanismo é conhecido, está ligado a uma substância chamada serotonina, mas o que o desencadeia, não sabemos. Há teorias, ligadas à infância, a perdas muito precoces, verdadeiras ou até imaginárias – como a criança que fica aterrorizada achando que vai perder os pais. As raízes da depressão estão na infância. Os acontecimentos atuais não levam à depressão verdadeira, só muito raramente. Justamente o contrário do que se imagina. Mas mexer na infância é muito doloroso. Não tem remédio para isso. Precisa de terapia, de análise, mas as pessoas não querem fazer, não querem mexer nas feridas. Então é melhor colocar um esparadrapo, para não ficar doendo, e pronto. É a solução mais fácil.

Istoé
O antidepressivo é sempre necessário contra a depressão?

Miguel Chalub
Quando é depressão mesmo, tem que ter remédio.

Istoé
Há quem diga que hoje a moda é ter um psiquiatra, não um analista. O que sr. acha disso?

Miguel Chalub
As pessoas estão desamparadas. Desamparo é uma condição humana, mas temos que enfrentá-lo, assim como o fracasso, a solidão, o isolamento. Não buscar psiquiatras e remédios. Em algum momento, isso pode ficar tão sério, tão agudo, que a pessoa pode precisar de uma ajuda, mas para que a ensinem a enfrentar a situação. Ensina-me a viver, como no filme. Não é me dar pílulas, para eu ficar amortecido.

Istoé
O que é felicidade para o sr.?

Miguel Chalub
A OMS tem uma definição de saúde muito curiosa: a saúde é um completo estado de bem-estar físico, mental e social. Essa é a definição de felicidade, não de saúde. Felicidade, para mim, é estar bem consigo mesmo e com o outro. Estar bem consigo mesmo é também aceitar limitações, sofrimento, incompetências, fracassos. Ou seja, felicidade também é ficar triste de vez em quando.

TOPOGRAFIA DE UM DESNUDO

filme de Teresa Aguiar entra em cartaz no Rio de Janeiro

Pré estréia

Cine Odeon, dia 25/06, às 19 horas, seguido de debate: "Imprensa, Estado e População de Rua"

SINOPSE: Rio de Janeiro, anos 60. A cidade prepara-se para receber a visita da rainha Elizabeth. Um clima de tensão social e política antecede o golpe militar. Uma jornalista investiga a morte de moradores de rua e se envolve num perigoso jogo de interesses. Governo e polícia empreendem a "Operação mata-mendigos", com o objetivo de "limpar" a cidade para a visita da rainha. Os mendigos são torturados e jogados no rio Guandú. Policiais e funcionários do Governo da Guanabara são indiciados. Com o Golpe de 64, os inquéritos são arquivados e o episódio apagado da história do Brasil.

Duração: 86 minutos (1 hora e 26 minutos). Drama / Ano de produção 2009.

Elenco:

Lima Duarte (Russo) Ney Latorraca (Manoel) Gracindo Junior (Paco) José De Abreu (Cabo Lucas) Nilda Maria (Teo) Maria Alice Vergueiro Kito Junqueira

TOPOGRAFIA DE UM DESNUDO participou da Mostra São Paulo/2009, nos festivais: de Vina del Mar, no Chile, no Film Bazzar do Festival de Cinema de Goa na India, no Ateneo Mairena em Sevilha, em Barcelona (Aula Magna na Universidade Autonoma de Barcelona) e no Centro Francesca Bonnemaison em Barcelona (Espanha). Também foi exibido no evento para assinatura da Politica Publica para População de Rua, com a presença do Presidente Lula, em dezembro 2009 em São Paulo. O filme ficou 2 meses em cartaz no Belas Artes/SP.

Assessoria de Imprensa / Rio

Paulo Henrique Souto.
Tels. 21 2535 1883
21 2535 1883 / 9644 1764.

"Topografia de um desnudo" é um filme necessário ao debate sobre a atual conjuntura social e política que atinge a população em situação de rua, especialmente no Rio de Janeiro.



Apoio:

Fórum Permanente sobre População Adulta em Situação de Rua do Estado do Rio de Janeiro
Fase - Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional
Conselho Regional de Serviço Social - RJ
Organização Civil de Ação Social - Revista Ocas
Conselho Regional de Psicologia - RJ

junho 17, 2010

Concursos

SESDEC

cargo de “Especialista em Gestão de Saúde”
Vagas: 38 A.C. + 2 P.N.E.
Vencimentos: A partir de R$ 5.082,00
Prazo de Inscrição: 15/06 a 18/07/2010
Prefeitura Municipal de Italva

Prefeitura Municipal de Italva

Vagas: 2 vagas de Psicólogo
Vencimentos: R$ 2.265,44
Prazo de Inscrição: 14/06 a 09/07/2010

Fonte: CRPRJ

IV Mostra Regional de Práticas em Psicologia foram prorrogadas

As inscrições de trabalho para a IV Mostra Regional de Práticas em Psicologia foram prorrogadas. É possível efetuar o pagamento até o dia 22 de junho e enviar o(s) resumos(s) até 27 de junho. Já para ouvintes o prazo é 14 de julho, pela internet, mas também será possível fazer a inscrição presencial no dia do evento. Participe!

PSICOCINE

A subsede do CRPRJ no Norte Fluminense realiza, em junho e agosto, o projeto Psicocine, que consiste na exibição de um filme nacional seguida debates sobre inclusão social, cidadania, saúde, educação e direitos humanos, entre outros temas. O próximo Psicocine ocorrerá na próxima quinta-feira, dia 17 de junho, em Campos, com o filme "Pro dia nascer feliz".

IX ENCONTRO CLIO-PSYCHÉ

INSCRIÇÃO: 14/06/2010 A 22/10/2010
Formulário de Inscrição

PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 27/10/2010 A 29/10/2010

OBJETIVO:
O IX Encontro Clio-Psyché ocorrerá nos dias 27, 28 e 29 de outubro de 2010, com o tema “Gênero, Psicologia, História”. Profundamente marcados pelo movimento feminista, os estudos em torno do conceito de gênero se inseriram no contexto do questionamento das relações sociais tradicionais, gerando espaço para novas relações sociais, novos entendimentos acadêmicos, novas formas de produzir subjetividades e novos modos de existência. Em sua 9ª edição, o Encontro Clio-Psyché pretende abordar questões pertinentes ao conceito de gênero e os deslocamentos por ele produzidos nas relações de poder e nos discursos sobre a realidade, privilegiando abordagens relacionadas à história, à psicologia e áreas afins.

PROGRAMA:
1. Sexualidade, gênero e história
2. Saúde, gênero e história
3. Educação, gênero e história
4. Trabalho, gênero e história
5. Ciência, gênero e poder
6. Perspectivas históricas dos saberes psi
7. Reflexões historiográficas e história dos saberes psi.

EIXOS-TEMÁTICOS PARA SUBMISSÃO DE TRABALHOS / NORMAS PARA SUBMISSÃO DE RESUMOS

Informações adicionais

PRÉ REQUISITO/PÚBLICO ALVO:
Profissionais, pesquisadores e estudantes de Psicologia, História e Ciências Humanas.

DIAS DA SEMANA: 4ª, 5ª E 6ª FEIRA - Horário: 09:00 ÀS 21:00

LOCAL DO EVENTO:
Pavilhão : PAVILHÃO JOÃO LYRA FILHO
Logradouro: RUA SÃO FRANCISCO XAVIER, 524
Bloco/Andar/sala: F/10º ANDAR/

COORDENAÇÃO DO CURSO/ATIVIDADE:
ANA MARIA JACÓ VILELA

COMISSÃO ORGANIZADORA
Ana Maria Jacó-Vilela
Francisco Teixeira Portugal
Alexandre de Carvalho Castro
Saulo de Freitas Araújo

VALORES:

Matrículas
Profissionais
Até 20/08/2010: R$ 60,00

Dia 21/08/10 até o dia 31/09/2010: R$ 80,00

Do dia 01/10/10 até o dia 26/10/10: R$ 100,00

Estudantes
R$ 30,00

R$ 40,00

R$ 50,00

APOIO

Instituto de Psicologia – UERJ
Centro Edelstein de Pesquisas Sociais
Programa de Pós-graduação em Psicologia da UFRJ
Programa de Pós-graduação em Psicologia Social da UERJ
Centro de Produção da UERJ (CEPUERJ)
Conselho Regional de Psicologia – 5ª região


CONTATO

CENTRO DE PRODUÇÃO DA UERJ
Rua São Francisco Xavier, nº 524,
Pavilhão João Lyra Filho, 1º andar, bloco A, sala 1006
Maracanã;

Horário de Atendimento: 9h às 18h; Tel: 2334-0639 (Teleatendimento - horário das 8h às 19h)

junho 16, 2010

ENCONTROS PARA UMA VIDA MELHOR

Coordenação: Eliane Farah CRP. 7347/05

Este projeto consiste em levar a psicologia para o público em geral e psicólogos que tem interesse nos temas abordados por nossos profissionais. Os encontros são gratuitos e para a realização dos mesmos contamos com o apoio do CCAA – Unidade Marapendi.

Neste mês, dia 30, teremos a palestra da psicóloga Paula Nascimento que falará sobre o tema: “Crise no casal – A família de origem pode ter influência nestas crises?”

Veja anexo o cartaz desta palestra. Esperamos ter você conosco neste dia. Inscreva-se previamente.


CONTATO

Núcleo de Estudos e Aplicação da Gestalt-Terapia
Tel: (21) 2137-7709

Café Filosófico CPFL em Sorocaba

Maria Noemi de Araújo participa da série
Cair na ficção - Pintura, Cinema, TV e suas relações com a realidade

"O olhar tecido no espaço" é o tema de Maria Noemi de Araújo no Café Filosófico CPFL de 18 de junho, às 19h, em Sorocaba. O encontro integra a série Cair na ficção - Pintura, Cinema, TV e suas relações com a realidade, que tem curadoria do psicanalista Ricardo Goldenberg.

Maria Noemi de Araújo é psicanalista, pedagoga, mestre em Filosofia da Educação pela PUC-SP e em Sociologia da Educação pela Sorbonne e também doutora em Educação pela UFSCar. Participou do Cineclube Antônio das Mortes, em Goiânia, e realizou o vídeo Creche: um espaço educativo. Integrou a equipe do filme Passeios no Recanto Silvestre, de Mirian Chnaiderman, e é membro do Comitê de Redação da revista Infos-Brésil (Paris), responsável pela coluna 'Urbanités'.

"Um filme pode colocar em jogo os limites do corpo e do espaço tendo o olhar como vínculo íntimo que os une. A partir dos conceitos freudianos de fobia e angústia histérica, analisaremos o olhar como um organizador da dialética entre o subjetivo e o objetivo, o interior e o exterior, o imaginário e o simbólico. Em Eu me lembro (2006, Navarro), Pixote (1981, Babenco) e Zazie no metrô (1960, Malle) nos interessa o olhar da infância que vai ao longo do filme articulando a linguagem do filme com a concepção freudiana sobre a importância do que a criança ouve em relação ao que vê e fala", adianta a convidada sobre o encontro desta sexta-feira.

O Café Filosófico CPFL em Sorocaba é realizado no Auditório da CPFL Piratininga (Avenida Armando Pannunzio, 1555 - Jd. Romilda). A entrada é gratuita e por ordem de chegada a partir das 18h (capacidade: 90 lugares).

Mais informações no site ou pelo telefone (19) 3756-8000.



Assessoria de imprensa
CPFL Cultura
Cárita Abdal
carita@cpfl.com.br
(19) 3256-2500 / (19) 7808-3547

Comissão da Câmara aprova licença-paternidade de 15 dias

Projeto prevê benefício aos pais biológicos e adotivos. Texto, de autoria do Senado, ainda passará por outras comissões

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei do Senado que aumenta de cinco para 15 dias consecutivos a licença-paternidade ao pai biológico ou adotivo, segundo informações da Agência Câmara.

O texto, aprovado no dia 26 de maio, também garante ao pai estabilidade de 30 dias no emprego após o término da licença-paternidade. De acordo com o Projeto de Lei 3935/08, o benefício valerá para os trabalhadores do regime Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT).

Segundo o projeto, se a licença-paternidade for solicitada durante as férias, ela só será contada a partir do primeiro dia útil após o término das férias. Se o pedido de licença for feito nos primeiros 15 dias de férias, no entanto, prevalecerá a licença-paternidade e as férias começarão a ser contadas depois do fim da licença.

Em relação ao pai adotivo, o texto concede a licença mediante a simples comunicação do fato, acompanhada da certidão de nascimento ou de documento oficial de adoção, independentemente da idade do adotado.

Projetos rejeitados
A comissão rejeitou os PLs 4853/09 e 4913/09, que tramitam em conjunto com o projeto do Senado. O PL 4853/09 fixa em 30 dias consecutivos o prazo da licença-paternidade, com validade também para o pai adotante.

Já o PL 4913/09 institui a licença-adoção, estendendo a licença-maternidade da trabalhadora adotante, prevista na CLT, para o trabalhador do sexo masculino que venha a adotar. Além disso, institui o salário-adoção entre os benefícios da Previdência Social.

Tramitação
Os projetos, que tramitam em caráter conclusivo, ainda serão analisados pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público, de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Militares
A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional aprovou, também no dia 26 de maio, o Projeto de Lei 5896/09, do Executivo, que regulamenta as licenças maternidade e paternidade no âmbito das Forças Armadas, de acordo com informações da Agência Câmara.

A proposta incorpora o direito à licença para pais adotantes e a extensão voluntária da licença maternidade em 60 dias, aprovada pela Câmara em 2008 e que já está regulamentada para as servidoras do Executivo, segundo a Agência Câmara.

A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família, e de Constituição e Justiça e de Cidadania


Fonte: G1

junho 10, 2010

Palestra Gratuita - encontro com Christian Hoffmann

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Lançamento do livro A Vida Criativa em Winnicott

clique para ampliar
O trabalho de Beatriz Gang Mizrahi, que tem origem em sua tese de Doutorado em Psicologia Clínica realizado na PUC-Rio, se junta valorosamente àqueles que buscam repensar alguns alicerces da psicanálise a partir das impactantes e surpreendentes contribuições de Winnicott, cujos textos nos mostram com simplicidade e limpidez a relevância e a urgência de se sair de um modelo que restringe a vida psíquica a um funcionamento intrapsíquico, se entendemos que a gênese e a formação do psiquismo se dá na interação deste com o ambiente. Mizrahi explora de forma criativa e competente as implicações políticas desta nova concepção para o ambiente social. Por um lado, elabora uma pertinente crítica a alguns valores tanto da modernidade quanto da pós-modernidade, e por outro, enfatiza a importância, para os indivíduos como para a sociedade, de contextos sociais facilitadores.

André Martins

Filósofo e psicanalista, professor associado da UFRJ

Ao confrontar a obra de autores tão formidáveis e distintos como Donald W. Winnicott e Michel Foucault, Bia Gang produz um trabalho ousado e original tanto no sentido acadêmico quanto no sentido ético-político. Suas inquietações procuram romper os limites estritamente epistemológicos, articulando afeto e poder, criatividade e alteridade, subjetividade e história, singularidade e política. Baseada em uma sólida experiência clínica e institucional, Bia Gang desconstrói a naturalização do desamparo humano, presente na obra freudiana, como pedra de toque para construção de um homem criativo, solidário e socialmente novo, hibridizando de forma original o mundo subjetivo e o mundo político.

Esta obra interessa não apenas ao leitor acadêmico mas a todos aqueles que buscam uma teoria crítica que forneça subsídios para a construção de subjetividades ética e politicamente comprometidas com a solidariedade, a participação e a transformação social.

Gustavo Corrêa Matta
Psicólogo e psicanalista, pesquisador da FIOCRUZ
Beatriz Gang Mizrahi é psicanalista, Doutora em Psicologia Clínica pela PUC-RJ.

EM CINE - CICLO DE DEBATES

Sobre relacionamentos familiares
Toda última 4ª feira do mês será exibido um filme, acompanhado de debate coordenado por um profissional especializado


Exibição do filme:

A lula e a baleia

de Noah Baumbach (EUA, 2005)

Tema:
Desdobramentos da separação conjugal

Sinopse:
Bernad Berkman já foi um romancista de grande sucesso e vê sua esposa Joan despontar na área. A partir do divórcio do casal, cada membro da famíla terá que lidar com desafios e desdobramentos inesperados que trazem questões e sentimentos novos. A narrativa é construída a partir do ponto de vista de Walt, o filho adolescente de 14 anos.

Coordenação do debate:
Rosana Rapizo
Psicóloga, terapeuta de família e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da UERJ

Data: 23 de junho de 2010 (4ª feira)
Horário: Excepcionalmente das 18:00 às 20:30
Local: UERJ, Rua São Francisco Xavier, 524,
10º andar, Bloco D, sala 10.030, SPA - Maracanã

Inscrições 10 min. antes do evento
Informações: (21) 2334-0872 ou proadol@uerj.br

Conferimos declaração de participação

ENTRADA FRANCA

Realização:
Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Instituto de Psicologia- IP
Programa de Formação em Direitos da Infância e da Juventude - Pró-Adolescente