A estratégia publicitária da indústria de bebidas alcoólicas alia a bebida ao esporte, à conquistas amorosas e de status, misturando realidade com o apelo ao uso das bebidas. Apenas na publicidade que assedia o imaginário, esporte, relacionamentos bem sucedidos e álcool caminham juntos.
A propaganda de cerveja é exemplo completo da transformação dos corpos em objetos e a oferta de falsos atalhos para a felicidade.
Esta publicidade é enganosa. Álcool, beleza e sucesso não são sinônimos.
O alcoolismo é um problema de saúde pública, que afeta a vida de milhares de brasileiros, requer investimento de recursos do Estado que poderiam ser destinados a outras áreas da saúde, está diretamente relacionado a acidentes, ferimentos e mortes no trânsito.
Assim, é preciso estabelecer políticas públicas que sejam efetivadas em todo o território nacional, garantindo direitos dos cidadãos de serem bem informados sobre os produtos que lhes são oferecidos.
Regular não é cercear o direito dos indivíduos. É prover proteção social e garantir o direito a informações corretas sobre as mercadorias ofertadas.
No Brasil, a regulação é feita pela própria publicidade, baseada, em tese, na proteção a crianças e adolescentes e na proibição de induzir ao consumo abusivo e irresponsável de bebidas alcoólicas. Ora, propagandas em lugares ensolarados, animados e bonitos não são atraentes para adolescentes? Essa autoregulação não funciona!
Mesmo as leis existentes seguem sendo descumpridas: não restringem, por exemplo, a propaganda de cerveja, resultado da pressão do poderosíssimo lobby da indústria de bebidas e da publicidade, que movimentam milhões de reais.
A regulamentação não é obedecida. A indústria cria artifícios legais para burlar as restrições à publicidade. Isso não aceitável! Por isso a Psicologia posiciona-se pelo fim da publicidade de bebidas alcoólicas!
No que se refere às implicações mútuas entre álcool e trânsito, o Brasil já vem tentando evitar tais acidentes e mortes por meio de campanhas e leis que coíbem os motoristas que dirigem alcoolizados. No entanto, é necessário também neste lado complementar do problema que é a prevenção ao consumo excessivo de álcool. As políticas públicas relacionadas ao trânsito e à regulação do estímulo ao consumo de bebidas alcoólicas não podem continuar sendo conflitantes.
Curioso!
O Brasil proíbe que as pessoas bebam e dirijam.
Não permite a venda de álcool para crianças e adolescentes.
Até quando ela vai permitir ser enganada pela publicidade de bebidas alcoólicas?
FONTE: POL
dezembro 01, 2009
Pelo fim da publicidade de bebidas alcoólicas!
Marcadores: campanha, Educação, Orientação
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