março 30, 2010

Encontre Noos - Mulheres falam sobre Segurança Pública

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Promoção Pública de serviços psicológicos

Ao promover publicamente seus serviços, sejam estes referentes à atendimento psicoterápico ou de ensino, tais como cursos, palestras, o psicólogo deverá cumprir o que determina seu Código de Ética Profissional, mais especificamente, o Art. 20:

Art. 20 – O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por quaisquer meios, individual ou coletivamente:

a) Informará o seu nome completo, o CRP e seu número de registro;

b) Fará referência apenas a títulos ou qualificações profissionais que possua;

c) Divulgará somente qualificações, atividades e recursos relativos a técnicas e práticas que estejam reconhecidas ou regulamentadas pela profissão;

d) Não utilizará o preço do serviço como forma de propaganda;

e) Não fará previsão taxativa de resultados;

f) Não fará auto-promoção em detrimento de outros profissionais;

g) Não proporá atividades que sejam atribuições privativas de outras categorias profissionais;

h) Não fará divulgação sensacionalista das atividades profissionais.

março 25, 2010

ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL

Analicia Martins de Sousa

No Brasil, especialmente a partir do ano de 2006, dificuldades relativas à separação conjugal e à guarda de filhos vêm sendo associadas à existência de um distúrbio, a síndrome da alienação parental (SAP), a qual foi definida pelo psiquiatra norte-americano Richard Gardner, falecido em 2003.

Em pouco tempo, o assunto virou manchete no cenário nacional sendo mencionado, com frequência, na mídia e em eventos e publicações que abordam questões ligadas ao litígio conjugal. Buscando aprofundar o estudo sobre a síndrome da alienação parental, foi realizada investigação junto ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Por meio da pesquisa realizada notou-se que, no Brasil, as associações de pais separados foram as principais responsáveis por promover e difundir o referido tema. Com a publicação de livros, realização de eventos, distribuição de cartilhas e outros recursos, essas associações vêm chamando atenção do público em geral e dos operadores do direito para a SAP. Recentemente, no ano de 2008, com o apoio dessas associações, foi elaborado projeto de lei (PL 4.053/08) que teria como objetivo impedir o desenvolvimento da considerada síndrome em situações de disputa judicial entre pais.

A despeito da intensa divulgação que vem sendo feita no Brasil sobre a SAP, verifica-se a ausência de debates e reflexões críticas sobre a mesma. Diante disso, nesse artigo, tem-se por objetivo colocar em discussão alguns aspectos relativos à teoria de Gardner que têm sido desconsiderados na difusão do tema.



FONTE: Plural: Psicologia em Revista
Leia na íntegra

A Plural: Psicologia em Revista

A revista optou por migrar a publicação impressa para a digital com o propósito de melhor atender seus assinantes e de modo mais abrangente, oferecendo muito mais conteúdo e informação.

Plural nº 1 e nº 2

Para enviar seus artigos para Plural: Psicologia em Revista entre em contato com monica@pluralpsicologia.com.br ou envie e-mail para: contato@pluralpsicologia.com.br

FAX/Fone: (11) 3341-0459

março 24, 2010

CURSO "AS FAMÍLIAS, A JUSTIÇA E O PSICÓLOGO"

Curso intensivo na Semana Santa


Estão abertas as inscrições para o curso "As famílias, a Justiça e o Psicólogo" do Instituto Noos.

O curso visa problematizar situações apresentadas na justiça, abordando questões que tramitam nas Varas da Infância e da Juventude de Família com análise da atuação dos profissionais que trabalham na interface da Psicologia com a Justiça e as moralidades envolvidas no trabalho com famílias, crianças e adolescentes.

Programa:

* História da atuação do psicólogo na justiça;
* Famílias na contemporaneidade;
* Adoção: perspectiva das crianças e das famílias adotivas;
* História da autação da psicologia na justiça;
* Maus-tratos na infância;
* Abuso Sexual Infantil;
* O Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente;
* As Medidas Protetivas propostas pela lei 8099 - ECA;
* Guarda de filhos: possibilidades legais e repercussões emocionais;
* Reconhecimento de paternidade;
* Mediação como instrumento de resolução de conflitos.

Público: Profissionais que atuam na interface das questões que envolvem a justiça e as famílias.

Metodologia: Aulas expositivas; dinâmicas de grupo; discussões de caso e filmes sugeridos em debate.

Data das aulas:

* 01 de abril de 2010 - das 18 às 22 horas
* 02 de abril de 2010 - das 13 às 19 horas
* 03 de abril de 2010 - das 13 às 19 horas

Carga horária total: 16 horas

Professores:

Mônica Corrêa Meyer – Psicóloga jurídica, especialista em Terapia de Família e Casal, mestre em Psicologia Social.

Solange Diuana – Psicóloga clínica, especialista em Psicologia Jurídica e Terapia de Família e Casal; coordenadora do Grupo de Apoio à Adoção do Rio de Janeiro, "Café com Adoção".

Investimento:

Março 2010 - R$ 450,00 ou em 5 parcelas iguais de R$ 90,00. Obtenha 10% de desconto no pagamento à vista.

Local:
Rua Álvares Borgerth, 27 - Botafogo - Rio de Janeiro (entre as ruas da Matriz e Real Grandeza, na Voluntários da Pátria)

Inscrições e mais informações:
(21) 2197-1500 ou cursos@noos.org.br

Manifestação contra o Ato Médico reúne 350 pessoas na Cinelândia

No Dia Nacional de Luta contra o Ato Médico, 350 pessoas marcharam na Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro.

“Taí, eu fiz tudo pra você gostar de mim. Ô, doutor, não faz assim comigo não. Você tem, você tem que respeitar minha profissão”. Foi com esses versos que 350 de pessoas marcharam na Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro, no último dia 9 de março, Dia Nacional de Luta contra o Ato Médico.

O ato público, organizado pelo CRP-RJ em parceria com outros conselhos profissionais e sindicatos da área da Saúde, foi parte de um movimento nacional, no qual ocorreram manifestações por todo o país. No Rio de Janeiro, o evento contou com diversas atividades, entre elas uma apresentação da bateria da escola de samba Portela, um apitaço e uma marcha pela Cinelândia.

Durante o manifesto, o conselheiro do CRP-RJ Lindomar Darós falou do desrespeito que o Ato Médico representa às outras profissões de Saúde. “A Medicina quer afirmar uma tutela sobre as demais profissões, indo contra o princípio de multidisciplinaridade – se não transdisciplinaridade – conquistado com o Sistema Único de Saúde (SUS)”.

Lindomar lembrou ainda que o Projeto de Lei começou no Senado devido ao lobby da corporação médica em busca de mercado de trabalho. “O projeto teve início com a suposta pretensão de regulamentar a profissão, mas não é possível dizer que uma profissão que tem um conselho federal e conselhos regionais, que fiscalizam e orientam, e foram instituídos por lei, não é regulamentada. Eles podem até reivindicar que essa regulamentação não atende mais às suas demandas e querer uma nova, mas não interferindo em outras profissões. Porque esse PL, se aprovado, irá desregulamentar outras profissões”.

A conselheira-presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito-02), Rita de Cássia Garcia Vereza, falou em seguida, chamando a atenção para o fato de o Ato Médico não tirar só a autonomia dos profissionais de Saúde, mas também dos usuários desses serviços, que perderão o direito de procurar um atendimento sem precisar passar por médicos.

Foto dos manifestantes - Diga não ao Ato Médico em defesa da saúde pública.

Foto do discurso do conselheiro do CRP-RJ, Lindomar Darós.

O conselheiro do CRP-RJ Lindomar Darós falou do desrespeito que o Ato Médico representa às outras profissões de Saúde.

Nesse sentido, Fábio, usuário do SUS declarou que se coloca contra o Ato Médico por entender que sua aprovação prejudicaria todo o atendimento na Saúde, causando maiores filas de espera e mais custos. “Tenho que ter o direito de procurar um fisioterapeuta ou um psicólogo sem que um médico me diga que preciso desses profissionais”.

Ele explicou que faz parte da organização não-governamental Espaço Novo Ser que vem lutando contra o PL, já tendo entregue um manifesto para o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na presença do prefeito do Rio, Eduardo Paes, e do governador Sérgio Cabral. “Na ocasião, entreguei a carta nas mãos do Lula e o governador e o prefeito reiteraram a ele que esse projeto não podia ser aprovado, pois, além de prejudicar o atendimento, mexeria com a economia do país”. Também estiveram presentes representantes dos conselhos regionais de Serviço Social (CRESS-RJ), Biologia (CRBIO-02), Enfermagem (Coren-RJ) e Ótica e Optometria (CROO-RJ), do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional e dos sindicatos dos enfermeiros, dos psicólogos, dos trabalhadores em Saúde e Previdência Social (SindPrev) e dos Trabalhadores na Indústria do Petróleo (Sindipetro).
Manifestações nas universidades

Além do ato público na Cinelândia, o Dia Nacional de Luta contra o Ato Médico teve manifestações organizadas por estudantes universitários de diversas áreas da Saúde. As atividades ocorreram na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Praia Vermelha, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), no Maracanã, PUC-Rio, na Gávea, Centro Universitário Celso Lisboa, em Sampaio, Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade Maria Thereza, ambas no Gragoatá, em Niterói, e Universidade Estácio de Sá, em Campos dos Goytacazes.

Os alunos estenderam faixas nos sinais de trânsito, panfletaram e explicaram aos calouros sobre como o Ato Médico feria suas futuras profissões. Na UFF, na UERJ e na Estácio de Campos, chegou a haver palestras para os alunos de Psicologia com representantes do CRP-RJ.

Na UFF, o conselheiro presidente da Comissão de Orientação e Ética (COE) e professor da universidade, José Novaes, destacou que o PL do Ato Médico surgiu a partir de uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que dizia que os médicos estavam perdendo mercado para outros profissionais. “A defesa corporativa de reserva de mercado para os médicos fica clara”.

O conselheiro ressaltou que o Ato Médico é uma iniciativa da corporação médica, em especial o CFM, não dos médicos em si. “Conheço muitos médicos que são contra, pois percebem o quão danoso esse projeto é para a Saúde no país. Ele vai contra uma série de princípios construídos ao longo de anos e reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde, que são princípios multidisciplinares que veem que a Saúde vai muito além da Medicina”.

O psicólogo e colaborador das Comissões de Direitos Humanos e de Estudantes do CRP-RJ José Rodrigues chamou a atenção ainda para a força que a corporação médica possui no Congresso Nacional, o que teria facilitado a aprovação do PL na Câmara. “A bancada médica é a segunda maior no Congresso, só perdendo para a ruralista”, disse.

Na UERJ, o psicólogo e diretor do Instituto de Psicologia da UERJ, Ademir Pacelli (CRP 05/3148), explicou aos alunos que o Ato Médico representa uma “privatização das práticas de Saúde em uma só categoria”. “Mesmo antes de o Ato Médico ser aprovado, já sentimos seus impactos, com médicos querendo impor seus tratamentos e psicólogos tendo que se submeter à vontade médica”, disse.

A psicóloga e assistente social Sirley Teresa dos Reis (CRP 05/22410) falou em seguida, concordando com Pacelli sobre uma hegemonia médica já existente. “Com o Ato Médico, tentam impor uma disciplinarização das subjetividades, verticalizando o poder do médico nas instituições”.
Por fim, a estudante Jéssica Ramos, graduanda em Psicologia pela UERJ, lembrou que os médicos não sabem responder a demandas que são específicas de outras áreas. Ela destacou ainda que a afirmação de um modelo biomédico pode levar ao aumento da medicalização da vida, já presente em nossa sociedade.

Em Campos dos Goytacazes, mais de 100 pessoas participaram da mobilização, incluindo psicólogos, professores e estudantes de diversas áreas. Os psicólogos e membros da Comissão Gestora de Campos Fernanda Brant Gabry Stellet (CRP 05/29217), Fátima dos Santos Siqueira Pessanha (CRP 05/9138) e Vitor Almada Hildebrant (CRP 05/33044), além da coordenadora do curso de Psicologia da Universidade Estácio de Sá, Valeska Campista, deram uma palestra explicando aos alunos o que é o Ato Médico e as consequências que sua aprovação acarretaria.


FONTE: CRP-05

Palestra Gratuita - Tudo sobre a Auto-Hipnose

Palestrante:
Thelma Loures Barbosa – Psicóloga - CRP: 30501/05

Data e Hora:
Sábado – 27 de março de 2010 – às 10h.

Local:
Hospital Philippe Pinel
Av. Venceslau Brás, 65, Botafogo, Rio de Janeiro.


Inscrições:
Tels: 2549-4413 ou 3902-9414
E-mail: ibha@ibha.com.br

Realização:

IBHA - Instituto Brasileiro de Hipnose Aplicada
Rua Barata Ribeiro 399 sala 201/202,
Copacabana - Rio de janeiro

CIEPG -II CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO

Ponta Grossa / Paraná / 2010

O CIEPG - Congresso Internacional de Educação, realizado em Ponta Grossa é resultado da Necessidade de um espaço direcionado um temas ligados à Educação. A proposta é estimular a troca de ideias, uma articulação de informações, experiências e conhecimentos entre os professores, pes quisadores, acadêmicos, profissionais e interessando na temática do evento.

Com este propósito ISAPG - Instituto Sul Americano de Pós-Graduação, Ensino e Tecnologia ea UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa, organizam e apresentam o evento.

Objetivo Geral

Criar um espaço positivo e propício para a troca de informações, experiências e conhecimento entre os professores, pesquisadores, estudantes, profissionais de educação, áreas correlatas e aos Interessados na temática do evento.

Objetivos Específicos

Promover o desper tar de novas formas e ideias que contribuam para o ensino e aprendizagem de forma acertiva e inclusiva;

Criar um espaço em profissionais e pesquisadores que apresentem o resultado de seus estudos e pesquisas, provocando uma troca de experiências dentro dos doze eixos temáticos relacionados à Educação;

Facilitar o acesso aos temas atuais que permeiam a Educação, através de mesa redonda, palestras técnicas, com professores doutores, cujo, saber é reconhecido mundialmente;

Estimular a produção de trabalhos científicos e processos inovadores que propulsionem a pesquisa eo desenvolvimento intelectual em Educação e áreas correlatas.

Promover reflexões de ordem científica e técnica, favoráveis à construção das práticas pedagógicas úteis à Educação.

Propagar uma informação por meio de recursos que facilitem uma divulgação dos trabalhos científicos e processos inovadores nos seguintes Eixos Temáticos:

1. Avaliação da Aprendizagem Escolar;
2. Currículo;
3. Educação e Meio Ambiente;
4. Educação e Movimentos Sociais;
5. Educação e Tecnologias da informação e comunicação (TIC);
6. Educação, diferenças e inclusão;
7. Educação, Cultura e Sociedade;
8. Educação, trabalho e ensino profissionalizante;
9. Estado, Políticas públicas e educação;
10. Organização e administração do trabalho docente;
11. Práticas de ensino de conteúdos específicos;
12. Profissão Docente e Formação de Educadores.

Permitir o fortalecimento uma ampliação das redes de relacionamentos entre os participantes, fortalecendo o elo entre o meio educacional, científico ea prática pedagógica.

Justificativa

O CIEPG - Congresso Internacional de Educação é um evento que busca trazer à discussão temas de grande relevância bem como, relembrar e aprofundar conhecimentos e ampliar a troca de experiências entre os congressitas das várias Instituições.

O evento está estruturado em sessões da seguinte natureza:

Sessões Técnicas: Constituídas apresentações de artigos através de pôsteres / slides, que objetivam a troca de experiências das diversas áreas do saber que envolvem a Educação.

Palestras: Abordam temas emergentes como englobando diversas áreas da Educação, visando Proporcionar uma atualização contínua aos congressistas.

Palestra Internacional: Irá propiciar aos congressistas uma troca de experiências e terá como base o tema profissionalização docente.

Público Alvo: Professores, Pesquisadores, Acadêmicos, Empresários, Profissionais das diversas áreas da Educação, Áreas Correlatas e Interessados na temática do evento.

Data- De 27 a 29 de maio de 2010

Apoio: Planeta Voluntários


ISAPG – Instituto Sul Americano de Pós-Graduação, Ensino e Tecnologia

e-mail: contato@isapg.com.br
Ponta Grossa - Paraná - Brasil

EM CINE - CICLO DE DEBATES Sobre relacionamentos familiares

Toda última 4ª feira do mês será exibido um filme,
acompanhado de debate coordenado por um profissional especializado

Exibição do filme:

Tinha que ser você
de Joel Hopkins (ING/EUA, 2008)


Tema:
Ser pai, ser padrasto na família recasada

Sinopse:
Harvey Shine foi a Londres para o casamento da filha, apesar de estar para perder seu emprego. Mas ela elege o padrasto para levá-la ao altar e, desapontado, Harvey abandona a cerimônia. Afogando as mágoas no bar do aeroporto conhece Kate, uma mulher solteira. Um filme sensível e sincero sobre as relações familiares pós-divórcio e recasamento.

Coordenação do debate:
Laura C. Eiras Coelho Soares
Psicóloga, especialista em Psicologia Jurídica (UERJ) e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da UERJ

Data: 24 de março de 2010 (4ª feira)
Horário: das 17:30 às 20:30
Local: UERJ, Rua São Francisco Xavier, 524,
10º andar, Bloco D, sala 10.030, SPA - Maracanã


Inscrições 10 min. antes do evento
Informações: (21) 2334-0872 ou proadol@uerj.br

Conferimos declaração de participação

ENTRADA FRANCA

Realização:
Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Instituto de Psicologia- IP
Programa de Formação em Direitos da Infância e da Juventude - Pró-Adolescente

março 19, 2010

Quaderns de Psicologia


La Facultad de Psicología de la Universidad Autónoma de Barcelona pone de nuevo en marcha la revista Quaderns de Psicología que debe ser considerada como una de las primeras revistas universitarias españolas, junto a Anuario de Psicología y Análisis y Modificación de Conducta.

La revista nació en 1975 con un claro signo generalista que mantuvo a lo largo de su andadura. En su primera etapa tuvo como objetivo ser un órgano de comunicación entre profesores y estudiantes. En su segunda época tuvo una nueva orientación abierta a la recepción de trabajos de otras universidades y fomentando los trabajos de investigación, aunque en sus páginas pueden encontrarse, también, gran parte de la investigación desarrollada en la propia UAB.

En esta nueva etapa que iniciamos queremos mantenernos como una revista generalista y de calidad, pero además nos definimos como una revista internacional que busca una audiencia en lectores/lectoras de todo el mundo y para ello publicaremos trabajos en distintas lenguas. La revista dispondrá de acceso libre inmediato a través de su página web. En esta línea generalista la revista aceptará trabajos originales de temas de la Psicología en general, trabajos de naturaleza empírica, revisiones críticas de literatura habitual en cualquier área de la Psicología, y contribuciones teóricas, ensayos, comentarios y debates, con preferencia hacia aquellos que discutan planteamientos especialmente polémicos y que tengan como objetivo ampliar nuestra comprensión de lo psicológico. Serán bienvenidos todos trabajos que aborden estos temas desde una variedad de enfoques y de métodos, tanto cuantitativos como cualitativos.


__________________________
Dr. Lupicinio Íñiguez-Rueda
Editor

Universitat Autònoma de Barcelona
Edifici B
08193 Bellaterra (Barcelona) SPAIN
Tfn +34 93 581 28 74
Fax +34 93 581 21 25

Concursos abrirão 21 mil vagas em institutos e universidades federais

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão autorizou a realização de concursos públicos para as carreiras de professor e técnico administrativo em universidades federais e institutos federais de educação, ciência e tecnologia. No total, serão 21.645 vagas. A portaria de autorização foi publicada nesta terça-feira, 16, no Diário Oficial da União.

Os concursos públicos proverão 9.645 vagas para as universidades federais e 12 mil para os institutos federais, entre professores e técnicos. A quantidade de vagas destinadas a cada instituição ainda será definida.

As vagas vão suprir a demanda que surgiu a partir da expansão e interiorização das universidades federais e da rede de educação profissional e tecnológica, que ocorre desde 2005. Já foram criadas 13 novas universidades federais e 124 novos campi – destes, 105 já estão em funcionamento. Tramita no Congresso Nacional o projeto de Lei que cria a Universidade Federal da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). Caso seja aprovado, serão 14 novas universidades.

Além disso, o plano de expansão das escolas federais de educação profissional prevê a criação de 214 novas unidades até o fim deste ano, totalizando 354 em todo o país. Das novas escolas, 115 já foram inauguradas.

As portarias que dispõem sobre o provimento de vagas são as de número 124 e 125, do Ministério do Planejamento, publicadas na página 52 da seção 1 do Diário Oficial da União desta terça-feira.

FONTE: Assessoria de Comunicação Social - Portal MEC - Ministério da Educação
_______________________________________________

Debate sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos com o Ministro Paulo Vannuchi

clique para ampliar Local: Auditório da Fundação Escola Superior da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro
Av. Marechal Câmara, 374, 4o. andar, Castelo, RJ.
Dia: 19/03/2010
Horário: 18h
Não é necessário efetuar inscrição.

março 17, 2010

Colóquio Perspectivas para uma políticas dos pobres

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Dezoito estados realizam manifestações no Dia Nacional de Luta contra o Ato Médico

Em defesa da saúde pública e do trabalho multidisciplinar na área, profissionais e estudantes foram às ruas para mostrar à sociedade que o Projeto de Lei (PLC nº 7703/2006 / PLS 268/2002) conhecido como Ato Médico, que tramita no Senado Federal, em fase final, representará um retrocesso para a saúde, prejudicando a autonomia das outras 13 profissões da área, entre elas a Psicologia.


As manifestações aconteceram ao longo do dia 9 de março, em dezessete estados e no Distrito Federal. A data ficou marcada como o Dia Nacional de Luta contra o Ato Médico. Em marchas, atos, atividades culturais e atendimento gratuito ao público, os profissionais e estudantes distribuíram panfletos, levaram faixas, fizeram apitaços e entregaram a parlamentares manifestos contrários à aprovação do PL.


“As ações realizadas em conjunto com as demais categorias profissionais da saúde foram positivas no sentido de mostrar para a população o retrocesso que será causado para a área caso o Projeto seja aprovado. Termos conseguido realizar mobilizações em 17 capitais, e em muitas cidades do interior, mostra a capilaridade da discussão, que está chegando nas pessoas e nos parlamentares estaduais. Também mostra a capacidade de mobilização das categorias”, avalia o presidente do CFP Humberto Verona. Ele ressalta que, além de interferir no trabalho de outras profissões, o PL do Ato Médico, se aprovado, prejudicará a sociedade, que perde a possibilidade de contar com profissionais de várias áreas trabalhando de formada integrada e articulada, em equipes multiprofissionais, definindo conjuntamente o diagnóstico e o tratamento.


Para a coordenadora do Fórum das Entidades Nacionais dos Trabalhadores da Área da Saúde (Fentas), Ana Cristhina Brasil, as manifestações cumpriram o objetivo de chamar a atenção para o movimento contrário ao PL do Ato Médico. “Estamos neste momento com articulações bem adiantadas com parlamentares”, destacou. “A mobilização foi muito boa, mas não acabou. Essa foi a primeira de muitas ações estratégicas. Precisamos manter viva a chama da luta”, indicou.


A data foi mais uma ação das categorias profissionais que serão atingidas pelo PL, que pretende tornar privativo da classe médica todos os procedimentos de diagnósticos sobre doenças, indicação de tratamento, realização de procedimentos invasivos e a possibilidade de atestar as condições de saúde, o que desconsidera a trajetória das demais profissões. Ao tornar privativa dos médicos a chefia de serviços, indica uma hierarquização contrária ao trabalho multiprofissional que o Sistema Único de Saúde prevê para a saúde.


Os atos públicos pela não aprovação do PL tiveram início dia 27 de fevereiro último. Na capital paulista, o evento conhecido como Virada da Saúde, organizado pelos conselhos profissionais de Saúde do Estado de São Paulo reuniu um público estimado em 20 mil pessoas no Parque do Ibirapuera. No estande do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, estudantes, profissionais, parlamentares e público em geral puderam conhecer mais sobre o PL e firmarem um abaixo-assinado conta a sua aprovação. No Paraná, as manifestações aconteceram em seis cidades e foram importantes para esclarecer as razões da Psicologia pela rejeição ao PL.


Saiba como foram as manifestações nos estados


Diversos parlamentares estaduais e federais enviaram manifestos de apoio à campanha, mas a mobilização continua. Envie manifesto aos senadores, divulgue, lute pela saúde multidisciplinar no Brasil. Se aprovado no Senado, só resta o veto presidencial.


FONTE: CFP

março 16, 2010

CONCURSO PÚBLICO PARA PROFESSOR, DO DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA SOCIAL E INSTITUCIONAL DA UERJ, ÁREA PSICOLOGIA SOCIAL E INSTITUCIONAL.

O Diretor do Instituto de Psicologia torna público aos interessados que no período de 15/03/2010 a 15/04/2010, encontram-se abertas as inscrições para o Concurso Público de Provas e Títulos para provimento de uma vaga para o cargo de Professor, com carga horária de quarenta horas, na Área de Psicologia Social e Institucional.

O horário de atendimento para as inscrições será das quatorze às dezenove horas, de segunda à sexta-feira

secretaria do Instituto de Psicologia, sala 10.006, bloco B,
Instituto de Psicologia
Rua São Francisco Xavier 524, 10° andar, Pavilhão João Lira Filho, Maracanã, Rio de Janeiro, R. J.
Tel.: (21)2334-0234

Informações:
UERJ

Instituto de Altos Estudios Universitarios

Si desea acceder a los estudios universitarios de postgrado, pulse en el enlace Estudios de Postgrado.

e-Textos es una publicación on line sin fines de lucro, de acceso público y gratuito impulsada y sostenida por el Instituto de Altos Estudios Universitarios de Barcelona.

El objetivo de e-Textos es contribuir de la manera más amplia posible a la difusión de conocimientos generados en ámbitos académicos y de investigación vinculados a instituciones de enseñanza superior.

e-Textos se conserva libre de publicidad comercial de cualquier naturaleza ajena a las Universidades e Instituciones participantes en los Programas AEU.

e-Textos es una publicación aperiódica. En la actualidad ha superado los 148.000 suscriptores.

El Copyright de los textos publicados pertenece a sus autores o a quienes éstos los hubiesen cedido.

Invitamos cordialmente al personal docente e investigador universitario a enviar sus trabajos a la Comisión de Publicaciones de e-Textos.

CRP-RJ informa sobre últimas convocações dos aprovados no concurso Ministério da Saúde

O CRP-RJ informa a todos os psicólogos que prestaram o concurso para o Ministério da Saúde em 2005 que saíram as últimas convocações dos aprovados. As convocações foram publicadas na edição nº 34 do Diário Oficial da União, de 22 de fevereiro de 2010, Seção 2, páginas 37-47, as portarias nº 155 e 156.

No total, foram convocados 20 psicólogos, a maioria com lotação no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO).

Também foi publicada no site do Ministério da Saúde a retificação do local de apresentação citado na portaria nº 155.

Orientamos aos interessados que verifiquem essas informações nos links acima disponibilizados e atentem para as datas, horários e locais de apresentação, bem como os documentos solicitados.

FONTE: CRP-05

Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

Vagas:

1 vaga de Professor Adjunto de Psicologia e Educação
1 vaga de Professor Adjunto de Educação Bilingue LIBRAS
1 vaga de Professor Adjunto de Fundamentos Políticos e Pedagógicos da Educação Infantil

Vencimentos: R$ 6.866,84

Prazo de Inscrição: Prorrogado até 26/03/2010

março 11, 2010

DILEMAS ÉTICOS EM PSICOLOGIA: A PSICOTERAPIA

Eyre Malena de Figueirêdo
Mônica Saemi Okabe
Tatiana Sotero

Trabalho elaborado por acadêmicas do 5º período de Psicologia da Faculdade Integrada Tiradentes – FITS, para obtenção de parte da nota da 1ª Unidade Programática na disciplina Ética em Psicologia, sob orientação do Profº Maurício Luiz Marinho de Melo.

Maceió – AL, 30 de setembro de 2009.

RESUMO

Este trabalho aborda questões acerca da prática da psicoterapia e sua relevância no âmbito da Psicologia, considerando a Resolução N.° 010/2000 do Conselho Federal de Psicologia, que dispõe sobre a especificidade e qualidade da psicoterapia enquanto prática profissional do psicólogo, com ênfase nas questões éticas existentes. Destaca-se também a imprescindível necessidade de discussão e produções de referência para esse campo de conhecimento, que desta forma, o Sistema de Conselhos de Psicologia elegeu o ano de 2009 para fomentar o debate sobre a Psicoterapia, que tem a dinâmica, a diversidade e a complexidade como marcas determinantes de sua existência, visando o aperfeiçoamento da atuação profissional, a melhor formação dos psicólogos nesta prática e a construção de referências para área.

Palavras-chaves: Psicoterapia; Ética; Profissão.

ABSTRACT

This paper addresses questions about the practice of psychotherapy and its relevance in psychology, considering the Resolution N.º 010/2000 of the Federal Council of Psychologists, which provides for the specificity and quality of psychotherapy practice as a psychologist, with emphasis on ethical ones. We also highlight the imperative need for discussion and production of reference for this field of knowledge, which in this way, the System Board of Psychology elected in 2009 to stimulate discussion about psychotherapy, which has the dynamics, diversity and complexity as determinants trademarks of their existence, seeking the improvement of professional performance, better training of psychologists in this practice and the construction of references to the area.

Keywords: Psychotherapy, Ethics, Profession.

Introdução

Este Artigo pretende discorrer sobre o desenvolvimento ético da atuação do psicólogo como psicoterapeuta, considerando que o ano de 2009 foi eleito pelo Sistema Conselhos de Psicologia para proporcionar o debate sobre a psicoterapia dentro da sua dinâmica, complexidade e diversidade.

Pretende-se proporcionar reflexões acerca da prática da psicoterapia, tendo em vista, ser um saber indispensável na formação e construção da identidade do psicólogo, gerando debates para estruturação e desenvolvimento da categoria.

Considerando que as psicoterapias se inscrevem no pólo clinico, embora não o esgotem, e que estão voltadas para o homem, podemos também considerar a idéia que as psicoterapias existentes possam ser incluídas num conjunto cientifico bem demarcado, como sugere Rodrigues (2009).

Neste contexto, elaborar questões sobre a ética nesta prática se faz necessário para complementar os construtos científicos da profissão que possuí sua regulamentação efetivada. Mas primeiramente, é preciso definir o real significado da Psicoterapia, prática esta de grande relevância para a Psicologia.

Psicoterapia como uma disciplina cientificaCampo em Negrito

A Resolução N.º 010/2000 do Conselho Federal de Psicologia, que especifica e qualifica a Psicoterapia como prática do Psicólogo diz que:

“Art. 1º – A Psicoterapia é prática do psicólogo por se constituir, técnica e conceitualmente, um processo científico de compreensão, análise e intervenção que se realiza através da aplicação sistematizada e controlada de métodos e técnicas psicológicas reconhecidos pela ciência, pela prática e pela ética profissional, promovendo a saúde mental e propiciando condições para o enfrentamento de conflitos e/ou transtornos psíquicos de indivíduos ou grupos.”

Entende-se por psicoterapia o espaço no qual o paciente vai em busca de recursos para lidar com as dificuldades que ele identifica em sua vida. De acordo com Ayres e Botelho (2009), a interação que se instala a partir dessa procura provoca uma troca entre parceiros, cliente e psicoterapeuta, caracterizando um espaço de reflexão. Esse lugar que se configura enquanto um dispositivo de transformação do sujeito transcende os muros das clínicas, dos consultórios e de outros serviços de atendimento psicoterápico. Logo, também deve ser encarado como uma práxis fundamental no campo da ação social, exigindo assim responsabilidade e ética da profissão.

Dentro da psicoterapia existem várias formações teóricas ou especialidades conhecidas como abordagens ou linhas de trabalho; cada psicólogo se especializa na abordagem com a qual mais se identifica. No entanto, Ludwig e cols. (2005) coloca que, independentemente das diferenças entre as múltiplas correntes teóricas que constituem o universo das psicoterapias, uma questão que nos parece que deva permear todas elas é a possibilidade de enxergar o homem a partir de uma visão integrada/sistêmica, onde o psíquico, o orgânico e o social, dada suas porosidades, se agenciam exercendo influência na construção desse indivíduo, assim como na configuração de suas problemáticas.

Quem atua em Psicoterapia?

Partindo do pressuposto existido pelas várias dimensões teóricas, Neubern (2009) mostra que a própria história da psicoterapia foi construída a partir de vários saberes que inicialmente não fazia parte do universo da Psicologia (já que ela estava mais ligada aos espaços acadêmicos para o reconhecimento científico), como a medicina, antropologia, filosofia. Contudo, o apelo da exclusividade tem uma base importante sobre a formação, já que a formação da Psicologia é bem diversificada e abrange outros saberes como a Antropologia, Sociologia, Filosofia, psicofarmacologia e neurociências sendo assim uma formação próxima das necessidades para atender as demandas da psicoterapia. Além disso, a formação de Psicologia tem duas práticas muito importantes que é o atendimento clínico e a supervisão, onde vivencia tanto questões do cotidiano e da subjetividade das pessoas como também desenvolve a habilidade técnicas proporcionando a articulação entre a teoria. Assim permitindo um diferencial a partir dessas práticas.

Segundo Silva (2005), a dificuldade de reconfiguração do campo está associada ao fato de ele não ser uma prerrogativa estritamente profissional dos psicólogos, pois temos outras companhias. Então, precisamos, junto aos outros profissionais que atualmente prestam esse tipo de serviço, estabelecer critérios públicos, transparentes - não critérios esotéricos - a cerca da prestação desse serviço.

Para essa discussão de exclusividade ou não da psicoterapia esse argumentos tem que ser bem aprofundados e tem que ser construído a partir do diálogo, partindo da complexidade que é a psicoterapia.

A ação do profissional de psicologia historicamente sempre teve como referencial na sua ação voltada aos acompanhamentos terapêuticos, tendo a psicoterapia como prática de muita relevância na atuação do psicólogo. Motivo pelo qual o tema vem possibilitar a esse profissional várias reflexões com objetivo de inquietar os profissionais a se mobilizar no intuito discutir, elaborar, dando um lugar desse profissional no campo da psicoterapia, tendo em vista por não tratar-se de uma ação específica do psicólogo.

Ética e a Psicoterapia

Segundo Ayres e Botelho (2009), Um código de ética profissional não se configura enquanto um instrumento normatizador de natureza técnica, mas enquanto um dispositivo de reflexão e orientação. Nesse sentido, Códigos de Ética expressam sempre uma concepção de homem e de sociedade que determina a direção das relações entre os indivíduos.

Calligaris (2004), discute bem sobre essa questão quando alega:

“Para ser um bom psicoterapeuta, é útil que a gente possua alguns traços de caráter ou de personalidade que, dito aqui entre nós, dificilmente podem ser adquiridos no decorrer da formação: melhor mesmo que eles estejam com você [conosco] desde o começo” (grifo do autor).

Ayres e Botelho (2009), alertam sobre as questões éticas no âmbito da clínica, um ponto relevante circunscreve-se à relação de escuta do terapeuta em relação paciente. Tal prática deve acolher a demanda sem julgamentos de ordens morais, religiosas, ideológicas, respeitando as diversidades da vida humana, não direcionando, nem mesmo estabelecendo promessas de cura no decorrer do processo de tratamento do indivíduo. Novamente, recorremos a Calligaris (2004) que completa:

“Você pode ser religioso, acreditar em Deus, numa revelação e mesmo numa Ordem do mundo. No entanto, se essa fé comportar para você uma noção do bem e do mal que lhe permite saber de antemão quais condutas humanas são louváveis e quais são condenáveis, por favor, abstenha-se: seu trabalho de psicoterapeuta será desastroso [além de passível de processo ético]” (grifo do autor).

Como medida de controle e definição dos procedimentos da ação do profissional de psicologia, em agosto de 2005, na Resolução do Conselho Federal de Psicologia N.º 010 de 2005 foi criado o Código de Ética da profissão de Psicologia como forma de um instrumento disciplinar e norteador menciona em seus artigos alguns procedimentos que acreditamos serem relevantes ao tema:

“Art.9 É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confiabilidade, a intimidade das pessoas, grupos, ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.” (Código de Ética)

“Art.10 Nas situações e que configure conflito entre as exigências decorrentes do disposto no art.9º e as afirmações dos princípios fundamentais desse Código, excetuando os casos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra do sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.”
(Código de Ética)

De acordo com Ludwig e cols. (2005), o sigilo profissional é outro aspecto do qual não podemos nos descuidar, na forma de divulgação e troca de informações entre profissionais. Todos nós sabemos que é bastante comum e enriquecedora a apresentação/discussão de casos clínicos em supervisões, congressos bem como em publicações acadêmicas. Tal prática nos ajuda a pensar nossa atuação, a ressignificarmos nossos olhares. Entretanto, esse intercâmbio de experiências deve acontecer sob certos e rigorosos parâmetros éticos, pois estamos tratando com a delicada questão da intimidade pessoal. Lidamos com a vida de pessoas, suas histórias, seus medos. A invasão e o não consentimento dos envolvidos se configuram em falta ética, pois além de romper com as defesas do sujeito expondo-as ao mundo, publicizam sua vida, desrespeitando sua história pessoal, sua intimidade, o que resulta em uma quebra da confiança necessária à relação psicoterápica. Ruptura que, sem dúvida, traz efeitos negativos ao processo terapêutico.

Considerações Finais

Acredita-se que na psicoterapia deve haver reflexões acerca de cada dilema ético, considerando as suas particularidades, pois não existem verdades absolutas, mas existe a preocupação de que todo ser humano tenha o direito de receber o melhor tratamento disponível.

A existência de uma grande diversidade na demanda para psicoterapia, de fato, requer as várias abordagens teóricas que são trabalhadas ao longo do desenvolvimento da prática, já que somente uma visão não dará conta dessa diversidade de demanda, o que pode então contrapor com a luta dos psicólogos de que a psicoterapia se torne exclusiva.

Portanto, cabe aos profissionais de Psicologia firmarem a identidade de sua atuação para o alcance da credibilidade e de respaldo nos argumentos na discussão da exclusividade ou não da Psicoterapia. Neste caso, os princípios éticos são essenciais para a construção dessa identidade e da credibilidade profissional.

A Resolução N.º 010/2000 do Conselho Federal de Psicologia, aponta como um dos pontos de qualidade de atuação, a disponibilidade de uma cópia do Código de Ética do Psicólogo para a consulta do paciente/cliente para que o mesmo esteja ciente do contrato estabelecido e do pleno funcionamento dos serviços que estão sendo prestados.

Em todo esse contexto (de diversidade de demanda e de atuação) é notória a necessidade de criação de novas e específicas formas de avaliação, fiscalização e orientação ético-profissional para que se possa demarcar o que seja uma prática psicoterápica.

Muitas outras questões poderíamos aqui destacar, mas não pretendemos, nem mesmo conseguiríamos esgotar o assunto. Propusemo-nos apenas a disparar diálogos entre a ética e a psicoterapia.

Finalizamos esse debate, retomando e parafraseando Calligaris (2004) que nos apresenta uma singela, mas expressiva imagem do psicoterapeuta:

“... meu jovem amigo que pensa em ser terapeuta, se seus desejos são um pouco (ou mesmo muito) estranhos, se (graças à sua estranheza) você contempla com carinho e sem julgar (ou quase) a variedade das condutas humanas, se gosta da palavra e se não é animado pelo projeto de se tornar um notável de sua comunidade, amado e respeitado pela vida afora, então, bem-vindo ao clube: talvez a psicoterapia seja uma profissão possível para você.”


Referências Bibliográficas

AYRES, Lygia S. M.; BOTELHO, Maria C. Diálogos entre ética e a Psicoterapia. Rio de Janeiro, 2009.

CALLIGARIS, Contardo, Cartas a um jovem terapeuta: reflexões para psicoterapeutas, aspirantes e curiosos, Rio de Janeiro: Elsevier, 2004

CFP. Código de Ética do Psicólogo Disponível em : http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/ resultadoBusca.jsp acesso em: 23/09/2009.

CFP. Resolução CFP Nº 010/2000 In.: _____ Profissão Psicólogo: Legislações e Resoluções para a prática profissional. Nº 02, 2007

CFP. Resolução CFP Nº 010/2005 In.: _____ Profissão Psicólogo: Legislações e Resoluções para a prática profissional. Nº 02, 2007.

LUDWIG, Martha W. B. e cols. Dilemas éticos em Psicologia: Psicoterapia e Pesquisa. Rev. Sociedade Bioética, Rio Grande do Sul, 2005.

SILVA, Marcus V. O.Transtornos mentais: construindo uma rede de cuidados. Palestra realizada em 2005, seminário na Saúde Suplementar.

RODRIGUES, Henrique J.Leal. Quem é Dono da Psicoterapia? Reflexões sobre a Complexidade, a Psicologia e a Interdisciplinaridade In: ______ Ano da Psicologia, Textos Geradores, Conselho Federal de Psicologia, Maio de 2009

FONTE: CRP-15

Seminário Psicologia Crítica do Trabalho

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Debate sobre álcool e outras drogas terá transmissão via internet dia 17 de março

O debate online de lançamento revista Diálogos nº 6, cujo tema é Álcool e Outras Drogas, está agendado para o dia 17 de março de 2010, às 19 horas, e poderá ser acessado no site POL.

Fonte: POL

EM CINE - CICLO DE DEBATES - Sobre relacionamentos familiares

Toda última 4ª feira do mês será exibido um filme, acompanhado de debate coordenado por um profissional especializado

Exibição do filme:

Tinha que ser você
de Joel Hopkins (ING/EUA, 2008)


Tema:
Ser pai, ser padrasto na família recasada


Sinopse:
Harvey Shine foi a Londres para o casamento da filha, apesar de estar para perder seu emprego. Mas ela elege o padrasto para levá-la ao altar e, desapontado, Harvey abandona a cerimônia. Afogando as mágoas no bar do aeroporto conhece Kate, uma mulher solteira. Um filme sensível e sincero sobre as relações familiares pós-divórcio e recasamento.

Coordenação do debate:
Laura C. Eiras Coelho Soares
Psicóloga, especialista em Psicologia Jurídica (UERJ) e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da UERJ

Data: 24 de março de 2010 (4ª feira)
Horário: das 17:30 às 20:30
Local: UERJ, Rua São Francisco Xavier, 524,
10º andar, Bloco D, sala 10.030, SPA - Maracanã

Inscrições 10 min. antes do evento
Informações: (21) 2334-0872 ou proadol@uerj.br

Conferimos declaração de participação

ENTRADA FRANCA

Realização:
Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Instituto de Psicologia- IP
Programa de Formação em Direitos da Infância e da Juventude - Pró-Adolescente

março 10, 2010

Pesquisa sobre atuação Profissional de Psicólogos em Serviços Hospitalares do SUS

O Crepop ― Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas ― criado pelo Sistema Conselhos de Psicologia, dá início ao ciclo de pesquisas do ano de 2010, com a Pesquisa sobre a Atuação Profissional de Psicólogos em Serviços Hospitalares do SUS - Média e Alta Complexidade - e convida os psicólogos que atuam na área a participarem das pesquisas on-line e da Reunião Específica presencial.

O objetivo é reunir o máximo de informações sobre a prática de psicólogos/as que já atuam nesse campo para subsidiar a produção das referências técnicas para uma competente atuação da categoria nessa política pública.

A pesquisa on-line poderá ser preenchida, a qualquer tempo, no site.

A Reunião Específica presencial inclui a participação de psicólogos da área e profissionais da equipe interessados, ocorrerá no dia 12 de março na sala de eventos da área 1 da PUC - Pontifícia Universidade Católica de Goiás, período vespertino, iniciando às 11h da manhã, com um almoço oferecido pelo Conselho.

Os resultados das pesquisas constituem instrumento valioso de mobilização junto aos gestores para a conquista de melhorias e benefícios para a profissão.

Participe!


FONTE: CRP-09

Peça Depois que meus pais se separaram...

NOVÍSSIMAS CONFERÊNCIAS INTRODUTÓRIAS À PSICANÁLISE NO SÉCULO XXI

A Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo promoverá nova série de conferências destinadas ao público, com o objetivo de apresentar noções e expansões da Psicanálise, campo do conhecimento sempre sensível às diversas configurações do humano. Freud fundou a IPA - Associação Psicanalítica Internacional em 1910 e, na comemoração de seu centenário, retoma-se a potência da Psicanálise que se reinventa na busca de sentido dos fenômenos atuais.

PROGRAMAÇÃO
QUARTAS-FEIRAS, às 20:30h

1) 10 de março de 2010
O corpo em evidência
Magda Guimarães Khouri
João Augusto Frayze-Pereira

2) 17 de março de 2010
Quando o planejado fracassa...
Luiz Carlos Uchôa Junqueira Filho
Ignácio Gerber

3) 24 de março de 2010
Está tudo tão estranho...
Bernardo Tanis
Homero Vettorazzo Filho


INVESTIMENTO:
Estudantes de Graduação e docentes de órgãos públicos de ensino: R$ 20,00 (por conferência)
Profissionais: R$30,00 (por conferência)

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES:
com Janes ou Fabiana
Tel.: (11) 21253700
(11) 21253700
E-mail: inscricao@sbpsp.org.br
Ficha de Inscrição Online.

LOCAL:
Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo
Avenida Dr. Cardoso de Melo, 1450 / 1º andar
Vila Olímpia - São Paulo - SP

Seminário Adoção

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março 04, 2010

Projeto Paz em Casa Paz no Mundo

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Simpósio de Psicologia Jurídica

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I Congresso Internacional Adolescência e Violência: Perspectivas Clinica, Educacional e Jurídica

O I Congresso Internacional Adolescência e Violência: Perspectivas Clinica, Educacional e Jurídica é fruto da confluência do trabalho de décadas de pesquisa, ensino e extensão de instituições acadêmicas, brasileiras e francesas, e de organismos internacionais que se preocupam com a organização de redes de atenção e intervenção à adolescência, particularmente no que concerne ao desenvolvimento de ações de enfrentamento dessa problemática. A esse evento agregam-se dois outros: o II Seminário Internacional sobre Adolescentes - Clínica e Cultura e o III Seminário de Saúde de Adolescentes em Conflito com a Lei. Ambos tiveram as suas versões anteriores promovidas, respectivamente, pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica da Universidade de Brasília e pela Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal.

O conjunto da proposta retrata a integração de esforços e ações em pesquisa, estudos e atenção à temática da adolescência e violência e vem consolidar a discussão nacional e internacional em torno dessa questão, considerando os mais diversos contextos: clínico, saúde, educacional e jurídico.

O evento pretende impactar gestores, educadores, pesquisadores e profissionais de diferentes segmentos da comunidade, mobilizando-os em direção à sensibilização e entendimento dos diferentes tipos da violência e vulnerabilidades que afetam os jovens na sociedade, nas instituições e nas famílias, além de evidenciar um conjunto de abordagens e perspectivas de pesquisa e de intervenção que subsidiam trabalhos acadêmicos e de políticas públicas. Enfocar a discussão sobre pesquisas, redes de atenção e políticas de atendimento para jovens em situação de vulnerabilidade poderá contribuir para o aprofundamento de ações na área, para a formação continuada de profissionais e a articulação em rede entre diversos atores sociais atuantes, direta e indiretamente, com a temática da adolescência e vulnerabilidade.

Nessa perspectiva, algumas questões podem ser levantadas. Como as diversas instituições e segmentos sociais (escola, saúde, justiça, família) família têm atuado e problematizado o trabalho com o adolescente? Como compreender o agir violento na adolescência? Quais as possibilidades de trabalho institucional com os adolescentes que agem pela via da violência e com os que se encontram em situação de vulnerabilidade? Como a sociedade pode fazer face à violência? É possível contê-la e canalizá-la? As inquietações são muitas e as respostas não são evidentes para grande parte dos profissionais que atuam com questões dessa natureza, nos campos clínico, escolar, jurídico e da saúde. Contribuir de forma significativa para a reflexão, estudos e pesquisas sobre as origens dessa violência e as possibilidades de trabalho nos mais diversos contextos é o objetivo desse evento. Espera-se, ainda, fortalecer diretamente as Redes Nacionais e Internacionais de enfrentamento à violência, ligadas à adolescência e juventude.


ENVIO DOS TRABALHOS E FORMA DE SELEÇÃO

Serão aceitos para apresentação no evento apenas trabalhos no formato de Comunicações Orais e Pôsteres. A data limite para apresentação dos resumos das propostas será 30 de março de 2010. Os resumos deverão ser enviados para o e-mail cong.adolescencia@universa.org.br com cópia do comprovante de pagamento da taxa de inscrição anexada.

A Comissão Científica avaliará os resumos das propostas, nos quais deverão constar: título, autores, instituição, endereço eletrônico do primeiro autor e um texto de, no máximo, 800 palavras e, no mínimo, 400. Os resumos serão publicados nos Anais do evento.

Para maiores informações acesse o site do Congresso

março 03, 2010

CURSO: O AMOR E AS ESTRUTURAS CLÍNICAS

Data: 17 DE MARÇO A 26 DE JUNHO DE 2010
HORA: 19:30H
Inscrições: FCCL - RJ
Endereço : RUA GOETHE , 66 / BOTAFOGO - RJ
Telefone: 21 22869225 / Fax: 2537 1786
E-mail: secretaria@fcclrio.org.br

Maiores Informações

Membros e participantes de FCCL: 150,00 ou 3 cheques pré-datados no valor de 50,00
Profissionais: 240,00 ou 3 cheques pré-datados no valor de 80,00

O Curso fornece certificado mediante presença em 75% das aulas
Coordenação:

SONIA BORGES
Doutora em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP); Professora do mestrado em “Psicanálise, Saúde e Sociedade” (Universidade Veiga de Almeida – UVA); Psicanalista do Campo Lacaniano.
Rua Alberto de Campos, 166 / 401 - Ipanema – Rio de Janeiro - RJ – CEP 22411-030
e-mail: sxborges@uol.com.br

SHEILA ABRAMOVITCH

Coordenadora do Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Hospital Universitário Pedro Ernesto - Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Professor Adjunto de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Faculdade de Ciências Médicas- Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Médica do Ministério da Saúde. Doutorado em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro . Mestrado em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica - Rio . Graduação em Medicina pela Fundação Técnico Educacional Souza Marques. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Psiquiatria Clínica, atuando principalmente nos seguintes temas: psicopatologia, psicanálise, criança, adolescência.

PROGRAMA

17/03
Do complexo do outro à estrutura do amor
Antonio Quinet

24/03
A psicanálise e o amor
Elisabeth da Rocha Miranda

31/03
O amor e as estruturas clínicas
Sonia Alberti

07/04
As estruturas clínicas e as escolhas de objeto
Sheila Abramovitch

14/04
Transferência e histeria
Rosane Melo

28/04
Dora: um caso de amor
Georgina Cerquise

05/05
Histeria: da estrutura ao discurso
Vera Pollo

12/05
Neurose obsessiva: o ‘enamoródio’
Glória Sadala

19/05
A anulação do desejo
Sonia Borges

26/05
As mulheres obsessivas e o amor
Maria Anita Carneiro Ribeiro

02/06
Uma mentira de amor? O caso da jovem homossexual
Vera Pollo

09/06
Sade e Masoch
Maria Helena Martinho

16/06
O caso Gide: o amor embalsamado
Maria Anita Carneiro Ribeiro

23/06
Mishima: filme de Paul Scrader comentado Maria Helena, Maria Anita e Vera Pollo

março 02, 2010

Deputado Pedro Wilson recebe manifesto contra a regulamentação da atividade de Psicopedagogia

Com o intuito de assegurar que o Projeto de Lei nº 3512/2008, que regulamenta o exercício da atividade de Psicopedagogia, aprovado pelas comissões nas quais tramitou na Câmara dos Deputados, também seja debatido pelo plenário da Câmara, o deputado federal Pedro Wilson (PT/GO) se comprometeu a fazer a leitura do manifesto, produzido pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), que trata do seu posicionamento contrário ao projeto, aos demais parlamentares.

A leitura do manifesto também pretende manter a articulação com os mais de 90 parlamentares que assinaram recurso, produzido por ele, com o objetivo de que o projeto não fosse enviado direto ao Senado Federal. O CFP, através da mobilização dos Conselhos Regionais (CRPs), também está articulando junto aos deputados para que eles mantenham suas assinaturas no recurso.

Através de um abaixo-assinado online disponibilizado na página do CFP, aqueles que forem contra o projeto podem assinar o manifesto.


Acesse o manifesto.

Fonte: POL

Psicologia presente em Audiência Pública sobre Ato Médico

Representantes das 13 profissões da Saúde participaram, na quarta-feira, 24 de fevereiro, de Audiência Pública no Senado Federal para criticar e pedir alterações no Projeto de Lei conhecido como “Ato Médico”. A psicologia esteve presente através da presidente do Conselho Regional de Psicologia da 1ª Região (CRP-01), Mariza Monteiro Borges, representando o Sistema Conselhos de Psicologia. Em sua fala ela apontou as principais intervenções da proposta na atuação do psicólogo e os malefícios que sua aprovação trará para a psicologia e para a saúde pública do país.

Foi também ressaltado pela presidente do CRP-01 que o conhecimento psicológico é produzido pela ciência psicológica e não pela medicina. Conhecimento este que não é contemplado, em amplitude, nos currículos do curso de medicina no Brasil e, portanto, não habilitam o médico para realizar, sequer, diagnósticos psicológicos das psicopatologias e, menos ainda, da capacidade mental, perceptocognitiva e psicomotora ou a realizar avaliações comportamentais.

A Audiência contou com a participação dos senadores Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), relator da proposta na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, e Sadi Cassol (PT-TO), e do deputado Lobbe Neto (PSDB-SP).

Durante a abertura da Audiência, o senador Antônio Carlos Valadares explicou que, após a aprovação do projeto PL 7703/2006 na Câmara dos Deputados, as únicas alternativas que restam são a opção do Senado Federal pelo projeto aprovado pela Câmara dos Deputados ou pela versão do projeto aprovado anteriormente pelo Senado Federal, e não há mais espaço para alterações nos artigos dos projetos, apenas em casos de inconstitucionalidade. Ou, em última instância, a sanção presidencial. Mesmo assim o Senador se manifestou favorável a uma tentativa de aproveitar o trabalho já realizado pelo Congresso e buscar uma via de conciliação e melhoria do PL.

O presidente do Conselho Regional de Biomedicina – 1ª Região, Marco Antonio Abrahão, responsável pela solicitação de realização da Audiência Pública, foi o primeiro a falar. Além de historiar a origem do PL, foram apontados os problemas que as demais profissões de saúde e o SUS enfrentarão caso qualquer um dos dois projetos de lei seja aprovado. O presidente do CRBM reafirmou, ainda, que a disposição de luta das demais profissões de saúde contra o Ato Médico não se dissipará caso um dos projetos seja aprovado pelo Senado Federal. Outros Conselhos se manifestaram, endossando a fala dos que os antecederam, e pontuando as perdas que os cidadãos brasileiros terão caso o sistema de saúde pública volte a ser centrado nos médicos, contrariando o Sistema Único de Saúde previsto pela Constituição Federal.

Após todas as falas, o senador Antonio Carlos Valadares solicitou que fosse montada uma Comissão representando as 13 profissões da saúde para apresentarem sugestões objetivas de nova redação para os artigos do PL que são questionados.

Todos os Conselhos presentes permaneceram no recinto, cedido pelo Senado, para discutirem a formação da Comissão e os passos seguintes. Foi deliberado que as 13 profissões atuarão juntas, e que trabalharão com uma pauta comum.



Fonte: CFP