O depoimento já prestado às autoridades revitimiza e gera constrangimento por obrigar a vítima a relembrar os fatos ocorridos. Entendemos que este primeiro relato, infelizmente necessário para a devida responsabilização dos responsáveis, é suficiente, porque corroborado pelas demais provas já coletadas (laudos e depoimentos de testemunhas). Teme-se que um segundo depoimento seja uma tentativa de converter a vítima em acusada.
A quem serviria um novo depoimento?
Muito nos indigna o movimento de transformá-la em uma pessoa com “debilidade mental”, como se isto diminuísse ou justificasse os bárbaros acontecimentos ocorridos no Estado.
Dessa forma, nos posicionamos contrários à revitimização desta adolescente e pedimos o empenho do Governo Federal, Estadual, Poder Judiciário e opinião pública em geral com o esclarecimento dos fatos. Além de evitar a revitimização da adolescente em questão.
Exigimos que a dignidade humana desta adolescente seja respeitada, e que os direitos humanos sejam de fato tratados com a seriedade e primazia constitucional, conforme determinação da Constituição Federal do Brasil e tratados internacionais ratificados pelo Estado Brasileiro.
São Paulo, 28 de novembro de 2007
0 comentários:
Postar um comentário